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PETRÓLEO: Futuros seguem em alta refletindo anúncio de cortes por membros da Opep+

3 de julho de 2023
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Porto Alegre, 3 de julho de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo seguem operando
em alta no início da tarde, apesar de perderem ímpeto após dados dos Estados Unidos mostrarem que
a atividade industrial registrou a pior queda dos últimos três anos. Dá força ao petróleo a
notícia de que a Arábia Saudita cortará mais 1 milhão de barris por dia de oferta, e continuará
essa redução até agosto.

Arábia Saudita e Rússia anunciaram que estão estendendo cortes na quantidade de petróleo que
bombeiam para o mundo em uma tentativa de sustentar os preços, mostrando como dois dos maiores
produtores de petróleo enfrentam problemas para aumentar a renda do combustível, mesmo com a
demanda enfraquecendo com a economia.

A decisão deu um ligeiro impulso aos preços do petróleo hoje e ocorre depois que os sauditas
anunciaram um grande corte na produção para julho na última reunião da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep+) e levantam preocupações de que os preços da gasolina nos
Estados Unidos possam começar a subir.

O Ministério da Energia saudita disse que estenderá o corte de julho de 1 milhão de barris
por dia até agosto para apoiar “a estabilidade e o equilíbrio dos mercados de petróleo”. Isso
manterá a produção do país do Golfo em 9 milhões de barris por dia.

Enquanto isso, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse que seu país cortará a
produção em mais 500 mil barris por dia em agosto, de acordo com a imprensa russa.

“A extensão saudita deveria ter sido esperada por todos, mas a notícia do corte de
exportações russas surpreendeu muitos traders de energia. As exportações de petróleo russo
atingiram os níveis pré-guerra em abril e a demanda asiática continuou aproveitando os descontos
no barril do país”, explica Ed Moya, analista da Oanda.

As reduções voluntárias se somam a cortes anteriores que o cartel de petróleo da Opep,
liderado pela Arábia Saudita, e produtores aliados, liderados pela Rússia, concordaram em estender
até o próximo ano.

Mais cedo, também pesou sobre o petróleo as pesquisas de negócios mostraram que a atividade
industrial global caiu em junho, com a fraca demanda na China e na Europa nublando as perspectivas
para os exportadores.

Os temores de uma nova desaceleração econômica prejudicando a demanda por combustível
aumentaram na sexta-feira, com a inflação dos Estados Unidos continuando a superar a meta de 2% do
banco central e alimentando as expectativas de que ele aumentaria as taxas de juros novamente.

Por volta de 13h15 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para agosto subia 0,49%, cotado a US$ 70,99 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para setembro avançava 0,57%, cotado a US$ 75,84 o
barril.

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2023 – Grupo CMA

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