PETRÓLEO: Futuros seguem em forte alta após Opep+ anunciar cortes na produção

Porto Alegre, 3 de abril de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo seguem operando
em forte alta no início da tarde, com ambos os benchmarks avançando mais de 6%, depois que a
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, conhecidos como Opep+,
decidiram em cortar a produção da commodity, o que pegou o mercado de surpresa.

A Arábia Saudita informou que cortaria 500 mil barris por dia de sua produção de maio até o
final de 2023, com outros membros do grupo, incluindo a Rússia, elevando o corte a cerca de 1,15
milhão de bpd. Os sauditas ainda afirmaram que o corte se soma à redução de produção acordada
na reunião da Opep em outubro de 2022.

Após a notícia, o Goldman Sachs elevou sua previsão para o Brent para US$ 95 o barril até o
final do ano e para US$ 100 em 2024.

“Em anos anteriores, a Opep+ teria hesitado em empurrar tanto os preços, com o medo de que isso
levaria a uma forte resposta de oferta dos produtores dos Estados Unidos”, afirmam analistas do ING.
“No entanto, está claro que o crescimento da produção norte-americana é muito mais modesto nos
dias de hoje”, acrescenta.

O corte na produção também fez com que operadores de futuros da taxa de juros do Federal
Reserve (Fed, o banco central americano) passassem a apostar numa maior chance de outro aumento de
0,25 ponto percentual (pp) nos juros na reunião de maio.

Os traders agora estão colocando uma chance de 58,3% em um aumento de 0,25 pp em maio, acima
dos 48,4% da última sexta-feira – segundo a ferramenta CME Watch, o que levaria a taxa de juros do
Fed para entre 5% e 5,25%. Eles também enxergam uma chance de 41,7% de uma pausa nos aumentos a
partir do próximo mês.

Por volta de 13h25 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para maio subia 6,23%, cotado a US$ 80,40 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para junho avançava 6,00%, cotado a US$ 84,69 o
barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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