PETRÓLEO: Futuros seguem em queda com possível recessão nos EUA sobrepondo oferta apertada

Porto Alegre, 13 de abril de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo recuam seguem
operando em queda no início da tarde, enquanto o mercado da commodity pesa a perspectiva de oferta
apertada após os cortes de produção recentes contra uma possível recessão nos Estados Unidos, o
maior consumidor de petróleo do mundo, após comentários de autoridades do Federal Reserve (Fed, o
banco central americano).

Na ata divulgada pelo Fed ontem, as autoridades desejavam que ficasse claro que a falência de
dois bancos regionais não causaria maior estresse financeiro antes de continuar o ciclo de
aumentos, mesmo assim – concluíram que a alta inflação continuava sendo a prioridade. Além
disso, eles passaram a prever uma recessão leve no final de 2023, mas uma recuperação econômica
nos próximos dois anos.

Mais cedo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sinalizou riscos
negativos para a demanda de petróleo no verão [do hemisfério norte] em seu relatório mensal. O
cartel, porém, manteve sua previsão para o crescimento da demanda global da commodity em 2023
inalterada.

“O mercado está de olho nos indicadores de crescimento econômico, afirmam analistas da PVM em
nota.

O recuo nos preços do petróleo hoje vem após ambos os contratos atingirem seus níveis mais
altos em mais de um mês com a desaceleração dos dados da inflação nos Estados Unidos
alimentando esperanças de que o Fed pare de aumentar as taxas de juros.

O Indice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA subiu 0,1% no mês passado, abaixo das
expectativas dos economistas de um ganho de 0,2% e abaixo do aumento de 0,4% em fevereiro,
aumentando as expectativas de que o Fed provavelmente pare de aumentar as taxas após um possível
aumento em maio.

Por volta de 13h12 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para maio caía 0,75%, cotado a US$ 82,63 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para junho regredia 0,87%, cotado a US$ 86,57 o
barril.

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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