PETRÓLEO: Futuros seguem operando em alta com reunião da Opep no radar

Porto Alegre, 1 de dezembro de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo seguem
operando em alta no início da tarde, subindo pela quarta sessão consecutiva à medida, que os
mercados de energia se preparam para que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep) atualize sua meta e corte a produção de petróleo nos próximos dias.

“O mercado de petróleo está se movendo na especulação da Opep. A maioria das pessoas espera
que o cartel repasse seu corte de produção anterior. Ainda há alguns que acreditam que a Opep
pode querer nos dar um corte surpresa no fim de semana”, afirma o analista do Price Futures, Phil
Flynn.

A Opep e seus aliados, conhecidos como Opep+, estão se preparando para se reunir no dia 4 de
dezembro para discutir as cotas de produção de petróleo. Os futuros do petróleo sobem mais de 8%
na semana, após uma queda nas últimas três. Na segunda-feira, os preços atingiram brevemente
mínimas de 12 meses em meio à agitação civil na China, enquanto as pessoas protestavam contra a
política de restrições ao coronavírus.

Mesmo com a alta no número de casos, a China espera poder reduzir as severas restrições e
diminuir a quantidade de testes feitos em massa. Segundo a Reuters, o governo chinês não cita os
enormes protestos que acontecem no país nos últimos dias contra as restrições, na sua decisão
de reduzir a intensidade dos bloqueios.

Há também o espectro do embargo da União Europeia ao bruto da Rússia, prestes a começar no
dia 5 de dezembro. Enquanto isso, as nações do G-7 também estão tentando implementar um limite
de preço nas vendas de petróleo russo até essa data. A União Europeia e os Estados Unidos
procuram aumentar as sanções contra a Rússia em resposta à guerra na Ucrânia.

Segundo a Bloomberg, os países da União Europeia estão começando a se unir em torno de um
plano para limitar o preço do petróleo russo em US$ 60 por barril, na mais recente tentativa de
fechar um acordo, citando fontes familiarizadas com o assunto.

O bloco de países também está analisando um mecanismo que permita avaliações regulares e
possíveis revisões do preço a cada dois meses a partir de meados de janeiro de 2023, segundo a
reportagem. Duas fontes disseram que deveria haver um acordo de que qualquer redefinição futura do
limite deveria deixá-lo pelo menos 5% abaixo da taxa média de mercado.

Por volta de 13h05 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para janeiro subia 2,56%, cotado a US$ 82,62 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para fevereiro avança 2,25%, cotado a US$ 88,93 o
barril. As informações são da Agência CMA.

Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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