PETRÓLEO: Futuros seguem oscilando e operam em ligeira alta, com dados de EUA e China

Porto Alegre, 29 de junho de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo seguem
alternando entre perdas e ganhos no início da tarde, operando em ligeira alta devido aos temores de
que o aumento das taxas de juros pelos bancos centrais possa prejudicar o crescimento econômico
global e consequentemente a demanda pela commodity.

Ambos os benchmarks chegaram a subir 1% no final da manhã após alguns dados dos Estados Unidos
mostrarem uma resiliência da economia norte-americana.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 2,0% no primeiro trimestre de 2023 em
relação ao trimestre anterior, em base anualizada, uma desaceleração ante o quarto trimestre de
2022, quando houve expansão de 2,6%. Os dados são da terceira leitura divulgada pelo Departamento
de Comércio do país.

Além disso, o número de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caiu em 26 mil
solicitações na semana encerrada em 24 de junho, totalizando 239 mil, após ter alcançado 265 mil
na semana anterior, segundo estatísticas do Departamento do Trabalho ajustadas por fatores
sazonais.

Em contrapartida, as preocupações com o impacto que o aumento das taxas de juros terá sobre o
crescimento econômico voltaram à tona, no entanto, o que fez os ganhos reverterem.

Os líderes dos principais bancos centrais do mundo reafirmaram ontem que acreditam que mais
aperto da política monetária será necessário para domar a inflação alta, mas ainda acreditam
que podem conseguir isso sem desencadear recessões definitivas.

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, não
descartou novos aumentos na próxima reunião do banco central, enquanto a presidente do Banco
Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ratificou as expectativas de uma nona alta consecutiva nos
juros da zona do euro em julho.

“A batalha continua entre os preços do petróleo, o Fed e outros bancos centrais. Os sinais de
que os estoques nos Estados Unidos entrarão em um período de forte declínio nas próximas semanas
estão sendo compensados pela promessa de taxas de juros mais altas das autoridades dos bancos
centrais globais”, explica Phil Flynn, analista do Price Futures Group.

Aumentando a pressão sob a commodity, os lucros anuais das empresas industriais na China, o
segundo maior consumidor de petróleo do mundo, estenderam uma queda de dois dígitos nos primeiros
cinco meses, à medida que a demanda mais fraca comprimiu as margens de lucro.

Por volta de 13h04 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para agosto subia 0,12%, cotado a US$ 69,65 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para agosto avançava 0,13%, cotado a US$ 74,12 o
barril. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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