PETRÓLEO: Futuros sobem mais de 2% com maior aperto da oferta pela guerra

Porto Alegre, 4 de março de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo voltaram a subir após as quedas da sessão anterior. O corte de
suprimentos vindos da Rússia devido às sanções promove o maior apoio aos
valores dos barris.

Segundo pesquisa da Reuters com diversos, o barril do Brent deve ficar em
uma média de US$ 91,15 neste ano, um salto em relação à pesquisa anterior
que mostrava uma previsão de média de US$ 79,16.

Entre as previsões mais otimistas, o JP Morgan espera petróleo de US$ 185
até o final de 2022 se a interrupção nas exportações russas durarem mais
tempo.

“O ataque russo à Ucrânia continuará sendo o foco nos próximos meses,
o que significa que as preocupações com a oferta permanecerão em primeiro
plano. Os preços provavelmente permanecerão em níveis elevados, o que
pressionará o governo a reviver o acordo nuclear iraniano”, afirma o analista
da FX Empire, James Hyerczyk.

Um acordo nuclear vem sendo negociado há semanas entre Irã e Estados
Unidos, o que poderia suspender as sanções impostas ao petróleo do país.
Apesar de alguns obstáculos, o acordo está perto de ser finalizado, segundo um
oficial britânico afirmou.

Apesar da perspectiva de que combustível do Irã atinja o mercado em
breve, muitos não acreditam que isso possa aliciar as perdas na oferta. Embora
o comércio de petróleo e gás não seja um alvo direto das sanções feitas
pelo Ocidente à Rússia, os clientes estão hesitando em comprar petróleo
russo para evitar se envolver em sanções.

Com isso, estima-se que 8% do fornecimento global foi interrompido nos
últimos dias. O déficit também pode não ser compensado pela decisão da
Agência Internacional de Energia de liberar 60 milhões de barris de reservas
de emergência.

Por volta de 10h09 (horário de Braília, o preço do contrato do petróleo
WTI negociado na Nymex com entrega para abril subia 2,82%, cotado a US$ 110,68
o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com
entrega para maio avançava 2,33%, cotado a US$ 112,99 o barril. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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