PETRÓLEO: Futuros sobem mais de 3% após ataque dos EUA que matou Soleimani

Porto Alegre, 3 de janeiro de 2020 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo operam em alta de mais de 3% nesta manhã após os ataques feitos por
drones norte-americanos em uma estrada em Bagdá que matou o líder de uma ala
da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, o general Qassem Soleimani.

O Departamento de Defesa norte-americano afirmou que o ataque foi feito
devido a intenções de Soleimani de atacar diplomatas dos Estados Unidos e
anunciou que a investida foi autorizada pelo presidente norte-americano, Donald
Trump.

“Sob a direção do presidente, os militares dos Estados Unidos tomaram
medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal dos Estados Unidos no
exterior, matando Qasem Soleimani, chefe da força Quds do Corpo da Guarda
Revolucionária Islâmica, uma organização terrorista estrangeira designada
pelos Estados Unidos”, diz o Departamento de Defesa norte-americano, em nota.

O presidente iraniano, Hassan Rouhani, anunciou em comunicado que o Irã
“e os outros povos livres da região vão se vingar deste crime horrível da
América”.

“Novos confrontos entre o Irã e os Estados Unidos poderiam levar os
preços do petróleo ainda mais para cima. Ao mesmo tempo, os comerciantes devem
ter em mente que os preços do petróleo diminuíram após o enorme pico de
setembro e esses ganhos foram apagados apenas duas semanas depois”, afirma o
analista da FX Empire, Kenny Fisher.

Além disso, os traders também esperam pelo relatório sobre o estoque de
petróleo norte-americano. A expectativa dos investidores é que os números
sigam a tendência dos últimos reportes e mostrem uma baixa, o que deve elevar
ainda mais os preços da commoditie.

Por volta de 09h07 (de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI
negociado na Nymex e com entrega para fevereiro subia 3,85%, cotado a US$ 63,54
o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE com
entrega para o mesmo mês avançava 3,98%, cotado a US$ 68,89 o barril. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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