PETRÓLEO: Futuros sobem quase 2% após queda nos estoques dos EUA; Covid na China ainda preocupa

Porto Alegre, 21 de dezembro de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo operam em
alta de quase 2% nesta manhã, depois que dados sugeriram uma redução maior do que o esperado nos
estoques da commodity dos Estados Unidos. Entretanto, os ganhos são limitados por crescentes
preocupações com a demanda na China, diante da incerteza sobre a revisão da política de “covid
zero”.

Os mercados de petróleo se estabilizaram depois que dados do American Petroleum Institute
divulgados na terça-feira (20) revelaram que os estoques comerciais de petróleo dos Estados Unidos
caíram 3 milhões de barris na semana passada. Nove analistas consultados pela Reuters previam uma
queda de 1,7 milhão de barris. Os dados oficiais do governo devem ser divulgados às 12h30 de hoje
(horário de Brasília).

Enquanto isso, o recente aumento nas infecções por covid-19 na China, o maior importador de
petróleo do mundo, é um mau sinal para a demanda global de energia, uma vez que torna mais
difícil a recuperação econômica do país.

“As perspectivas para a demanda de petróleo da China dependerão da rapidez com que a China
pode reforçar seu sistema de saúde e da gravidade dessa onda. É difícil acreditar que, se a
situação da covid se deteriorar muito pior do que o temido, Pequim pode ter que dar uma
reviravolta em sua política”, diz o analista de mercado sênior da Oanda, Ed Moya.

Os preços também foram impulsionados por comentários do ministro da Energia da Arábia
Saudita, que disse ontem que a decisão fortemente criticada da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, conhecida como Opep+, de cortar a produção de
petróleo acabou sendo a decisão certa.

Por volta de 09h15 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para janeiro subia 1,75%, cotado a US$ 77,56 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para fevereiro avançava 1,81%, cotado a US$ 81,45 o
barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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