PETRÓLEO: Futuros sobem, se dirigindo ao ganho mensal mais alto em um ano

Porto Alegre, 31 de julho de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo estão em alta
a caminho de seus maiores ganhos mensais em mais de um ano. As expectativas de que a Arábia Saudita
estenderá os cortes voluntários na produção até setembro e apertará a oferta global
impulsionam os valores.

O Brent e o WTI fecharam na sexta-feira em seus níveis mais altos desde abril, registrando sua
quinta semana consecutiva de ganhos, resultado também dos últimos indicadores econômicos
norte-americanos que reviveram o otimismo sobre a demanda.

Os especialistas estão apostando que a Arábia Saudita deve estender um corte voluntário na
produção de petróleo de 1 milhão de barris por dia (bpd) por mais um mês, incluindo setembro.

“Há uma contração de oferta na antena do mercado, algo que a Arábia Saudita definitivamente
tentará agravar com um corte na produção”, disse o analista da PVM John Evans.

Os cortes existentes em Riad já restringiram a produção, com os estoques de petróleo
começando a cair em algumas regiões – os Estados Unidos em particular – à medida que a demanda
supera a oferta.

“Os preços do petróleo subiram 18% desde meados de junho, com a demanda recorde e os cortes na
oferta saudita trazendo déficits de volta, e com o mercado abandonando seu pessimismo de
crescimento”, disseram analistas do Goldman Sachs em nota de 30 de julho.

O banco estimou que a demanda global por petróleo subiu para um recorde de 102,8 milhões de
bpd em julho e revisou a demanda de 2023 em cerca de 550 mil bpd com estimativas de crescimento
econômico mais fortes na India e nos Estados Unidos, compensando um rebaixamento do consumo da
China.

Por volta de 9h58 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para setembro subia 0,80%, cotado a US$ 81,24 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para setembro avançava 0,62%, cotado a US$ 85,52
o barril. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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