Porto Alegre, 11 de março de 2016 – Depois operarem abaixo de US$ 30 o
barril em janeiro e fevereiro, os preços do petróleo podem ter finalmente
atingido o fundo do poço e invertido sua tendência, com sinais de
recuperação de agora em diante, disse a Agência Internacional de Energia
(AIE) no relatório mensal sobre o mercado petrolífero.
“Os preços internacionais de petróleo têm se recuperado fortemente nas
últimas semanas”, diz o documento. “Isso não deve ser tomado como um sinal
definitivo de que o pior já passou. Mesmo assim, há sinais de que os preços
podem ter atingido o fundo do poço e inverteram a trajetória”.
Segundo a AIE, uma série de fatores oferecem suporte à elevação dos
preços agora, entre eles, a possibilidade de um acordo entre os produtores para
controlar a oferta; interrupções na produção do Iraque, da Nigéria e dos
Emirados Árabes Unidos; sinais de que a oferta da commodity fora da
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) está se reduzindo;
projeções de demanda sustentada; e a recente depreciação do dólar.
Além disso, a volta do Irã ao mercado petrolífero tem sido “menos
dramática” do que o anunciado pelo país. Segundo a AIE, em fevereiro a
produção iraniana cresceu em 220 mil barris por dia (bpd) e, a princípio,
parece que o retorno será gradual. Autoridades iranianas disseram em janeiro
que o país pretendia aumentar sua produção em 500 mil bpd imediatamente.
MENOS OFERTA E MAIS DEMANDA
A agência aponta evidências de que a produção fora da Opep já está
caindo. Nos Estados Unidos, a previsão é de que a produção caia em 530 mil
bpd este ano e as perspectivas de oferta foram rebaixadas para Brasil, Colômbia
e outros países. Ao todo, a oferta fora da Opep deve cair em 750 mil bpd em
2016 – em fevereiro a AIE projetava queda de 600 mil bpd.
Já a demanda global deve crescer em 1,2 milhões de bpd, para 95,8
milhões de bpd. No caso dos Estados Unidos, maior mercado consumidor do mundo,
a demanda por petróleo deve ficar estável, enquanto na China, o segundo maior
comprador, a demanda deve crescer em 330 mil bpd.
“Para os preços, pode haver uma luz no fim deste longo e escuro túnel,
mas não podemos saber com certeza quando, em 2017, o mercado atingirá o
equilíbrio tão desejado”, diz o relatório. “Está claro que estamos indo na
direção certa, mas ainda há um longo caminho a percorrer”.
As informações partem da agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50