PETRÓLEO: Oferta fora da Opep vai demorar a se recuperar, diz cartel

São Paulo, 8 de novembro de 2016 – A oferta de petróleo e gás natural
liquefeito (GNL) dos países não-membros da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) deve encolher em 1 milhão de barris por dia
(bpd) entre 2015 e 2017, e a recuperação do fornecimento será lenta no médio
prazo, segundo o relatório anual do cartel.

A Opep prevê que a oferta fora de seus membros caia dos 56,9 milhões de
bpd registrados em 2015 para 55,9 milhões de bpd em 2017 – os dados consideram
a oferta de “líquidos”, que incluem petróleo, GNL e alguns outros produtos.
A partir daí, a oferta deve crescer e alcançar 58,6 milhões de bpd em 2021,
principalmente devido à contribuição dos Estados Unidos, Canadá e da
América Latina.

No longo prazo, a oferta fora da Opep deve avançar para 61,4 milhões de
bpd em 2027, para depois recuar novamente para 58,9 milhões de bpd até 2040.
Considerando apenas a oferta de petróleo fora do cartel, o dado cai de 42,5
milhões de bpd em 2015 para 41,4 milhões de bpd em 2017, subindo depois para
42,9 milhões de bpd até 2021.

O relatório também faz uma estimativa para a produção de líquidos do
cartel, que deve passar de 38,2 milhões de bpd em 2015 para 38,9 milhões de
bpd este ano e 39,4 milhões de bpd em 2017. A oferta segue em crescimento
constante até 40,7 milhões de bpd em 2021.

Olhando apenas para o petróleo da Opep, a oferta deve crescer de 32
milhões de bpd em 2015 para 32,7 milhões de bpd em 2016, 33 milhões de bdp em
2017 e 33,4 milhões de bpd em 2018. Entre 2019 e 2025 haverá relativa
estabilidade, seguida por novo crescimento para 41 milhões de bpd até 2040. A
participação do petróleo da Opep na oferta global de líquidos deve chegar a
37% em 2040, 3 pontos percentuais acima da fatia de 2015.

Somando os dados de Opep e não-Opep, a oferta global de líquidos deve
cair de 95,1 milhões de bpd em 2015 para 95 milhões de bpd em 2016, voltando a
crescer no ano que vem até atingir 99,4 milhões de bpd em 2021.

As informações são da agência CMA.

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