Porto Alegre, 1 de junho de 2021 – A Organização de Países Exportadores
de Petróleo (Opep) e seus aliados, grupo conhecido como Opep+, concordaram em
reduzir os cortes de produção implementados no início da pandemia de
covid-19, citando a recuperação da demanda com a reabertura de economias em
várias partes do mundo.
“A reunião observou o fortalecimento contínuo dos fundamentos do
mercado, com a demanda de petróleo mostrando sinais claros de melhora e os
estoques da OCDE caindo à medida que a recuperação econômica continua na
maior parte do mundo com a aceleração dos programas de vacinação”, diz a
Opep em comunicado.
Com a decisão, a Opep+ avançará com o aumento de produção planejado de
cerca de 450 mil barris por dia (bpd) a partir do próximo mês. A Arábia
Saudita, por sua vez, concordou em continuar facilitando os cortes separados e
unilaterais de 1,0 milhão de barris por dia que fez no início deste ano.
“Reconfirmou o compromisso existente da 10 reunião ministerial da Opep
e de países de fora da Opep em abril de 2020, alterado em junho, setembro e
dezembro de 2020, bem como em janeiro e abril de 2021 para retornar gradualmente
2 milhões de barris por dia ao mercado, sendo o ritmo determinado de acordo
com as condições de mercado”, diz o comunicado da Opep.
Em abril, o grupo concordou em aumentar a produção em mais de 2,0
milhões de barris por dia até o final de julho, elevando as adições
acumuladas no ano passado para cerca de 4,0 milhões de barris por dia. Essa é
uma grande parte dos 9,7 milhões de barris por dia que a Opep+ concordou em
cortar no início de 2020, quando o novo coronavírus começou a fechar as
economias, minando a demanda global de petróleo e baixando os preços.
O ministro de Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman,
disse que vê uma boa recuperação da demanda nos Estados Unidos e China e
minimizou sinais de aumento da oferta norte-americana.
“Seguimos focados no comportamento e nas condições do mercado e não na
oferta de apenas um país”, afirmou ele em coletiva de imprensa. “Seguimos
comprometidos com o acordo firmado no ano passado e seguiremos monitorando o
mercado de perto”, acrescentou ele, descartando uma aceleração no ritmo de
devolução da oferta ao mercado global.
Os ministros da Opep+ voltam a se reunir em 1 de julho para debater
novamente os níveis de oferta.
NIVEL DE ADESÃO
Os ministros da Opep+ saudaram o desempenho positivo dos signatários do
acordo. Segundo comunicado do grupo, a conformidade geral com os ajustes de
produção foi de 114% em abril, incluindo México – o que significa que os
países cortaram a produção além do previsto.
Na nota, o grupo reforça a importância de cumprir os termos do pacto.
“Reiteramos a importância crítica de aderir à conformidade total e
aproveitar a extensão do período de compensação até o final de setembro de
2021, conforme solicitado por alguns países de baixo desempenho. Os planos de
compensação devem ser apresentados de acordo com a declaração da 15 Reunião
Ministerial da Opep e não-Opep”, diz o comunicado. As informações são da
Agência CMA.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 05/08/2025 09:30