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PETRÓLEO: Preços e falta de consenso reduzem chance de corte em produção

1 de fevereiro de 2016
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Porto Alegre, 1 de fevereiro de 2016 – A recuperação dos preços do
petróleo nos últimos dias e a falta de consenso entre grandes produtores
reduzem as chances de realização de um encontro da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) em fevereiro, que culmine no corte coordenado
da oferta em uma tentativa de estabilizar o mercado, de acordo com especialistas
ouvidos pela Agência CMA.

“A probabilidade de um acordo que acabe no corte coordenado da produção
é muito pequena. Nos últimos anos, a Opep não conseguiu encontrar consenso
dentro do próprio grupo, então a chance de um acordo com outros países parece
ainda mais inviável neste momento”, disse o diretor de pesquisas da
ClipperData, Matt Smith.

Na quarta-feira passada, autoridades russas informaram que a Arábia
Saudita convidou o país a discutir uma redução na produção de petróleo
junto com outros membros de dentro e fora da Opep. Há algum tempo a Arábia
Saudita vem dizendo que só aceitaria cortar a produção se países de fora do
cartel fizessem o mesmo.

Moscou se disse pronta a participar de um encontro em fevereiro sobre o
tema – uma sugestão inicial da Venezuela. No entanto, fontes do setor
petrolífero iraniano indicaram que o país não deve participar, neste momento,
de ações coordenadas para diminuir o fornecimento.

Embora os sauditas tenham negado a existência de uma proposta de corte de
5% da produção russa, o fato de se manterem abertos a uma cooperação com
outros países fez o preço dos contratos futuros de petróleo disparar, subindo
mais de 25% desde a mínima de US$ 27,10 registrada no dia 20 de janeiro.

“O aumento de preços para a casa dos US$ 35 o barril na semana passada é
consistente com nossas previsões de uma recuperação em ‘V’ do mercado este
ano. Além disso, continuamos céticos a respeito do resultado prático de uma
ação coordenada”, disse o economista-chefe da Capital Economics, John
Higgins.

“A negociação de um corte coordenado é muito difícil e mais complicado
ainda é, no caso de um acordo, realizar o monitoramento das novas cotas
estabelecidas”, afirmou o analista do Energy Management Institute, Dominick
Chirichella.

De acordo com Chirichella, em junho de 1998, os membros da Opep junto com
Rússia, Noruega, Omã e México concordaram em realizar cortes significativos
na produção para sustentar o preço do petróleo. Na ocasião, Moscou se
comprometeu com uma redução de 7% mas, ao contrário disso, seu fornecimento
cresceu.

A Opep também já está produzido petróleo acima da meta estabelecida por
ela mesma de 30 milhões de barris por dia. A estratégia, segundo
especialistas, é baseada na manutenção da participação de mercado e não
nos preços.

“Os produtores do Golfo, cujas economias são mais saudáveis, estão
tolerando os preços mais baixos do petróleo para proteger a participação de
mercado e já há sinais de que essa estratégia está funcionando. Um exemplo
é o número de plataformas em operação nos Estados Unidos, que têm caído”,
afirmou Higgins, da Capital Economics.

Nas últimas cinco semanas, o número de plataformas de petróleo em
operação nos Estados Unidos recuou, de acordo com dados da Baker Hughes. A
produção de petróleo não-convencional norte-americana tem custos altos e
não se viabiliza com os preços tão baixos da commodity.

“Acredito que as chances de um encontro que possa resultar no corte
coordenado da produção sejam de 60%, mas vale lembrar que isso só deve
acontecer se os preços caírem ainda mais do que temos visto”, disse o
analista-sênior de mercado do The Price Futures Group, Phil Flynn. Dada a
recuperação recente na cotação, as chances de um acordo estão minguando. As
informações partem da Agência CMA.

Revisão: Tarcila Mendes (tarcila.freitas@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2016 – Grupo CMA

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