‘-PETRÓLEO: PREÇOS FECHAM ESTÁVEIS IMPACTADOS POR CHINA E IRAQUE

SAFRAS (01) – Os contratos futuros de petróleo fecharam o dia próximo à
estabilidade, com leves quedas. Os investidores estavam divididos entre as
notícias de que o fornecimento da commodity por parte do Iraque não deva ser
interrompido, ao mesmo tempo em que indicadores de atividade industrial melhores
na China pressionam os preços por uma expectativa de alta na demanda, já que
o país é um grande consumidor de petróleo.
Na plataforma ICE, o contrato futuro do Brent, com vencimento para agosto
fechou com leve queda de 0,07%, a US$ 112,31 enquanto que na plataforma Nymex, o
preço do contrato futuro do WTI com vencimento para o mesmo mês fechou muito
próximo à estabilidade com leve queda de 0,02%, a US$ 105,34 o barril.
Hoje o governo chinês e a Associação de Logística e Compras da China
(CFLP, na sigla em inglês) divulgaram que o índice dos gerentes de compras
(PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor industrial da China subiu
a 51 pontos em junho – maior nível registrado no ano até o momento -, de 50,8
pontos em maio.
O banco HSBC e o instituto de pesquisas Markit Economics também
divulgaram o dado. Na apuração das instituições privadas a PMI sobre a
atividade industrial chinesa subiu para 50,7 pontos em junho, de 49,4 pontos em
maio, segundo dados revisados.
De acordo com Dominick A. Chirichella, especialista da Energy Markets
Analysis, o dado da China pode sugerir que ocorra uma alta na demanda de
petróleo no segundo semestre, que pode ser ainda maior do que a que foi vista
na primeira parte do ano. O especialista citou que, de acordo com o último dado
da Agência Internacional de Energia dos Estados Unidos, o país asiático
representa 11% da demanda global por petróleo enquanto a economia
norte-americana demanda 21%.
No Iraque, ainda que os conflitos não tenham atingido a produção de
óleo, a tensão continua a aumentar. Hoje, segundo informações da
“Reuters”, sunitas e curdos abandonaram a sessão do novo parlamento
iraquiano, após xiitas falharem em indicar um substituto para o
primeiro-ministro, Nouri al- Maliki.
O parlamento iraquiano não irá se reunir novamente até a próxima
semana, deixando o país num limbo político por mais tempo. O líder
parlamentar sunita e um dos maiores opositores de Maliki, Osama al-Nujaifi,
afirmou hoje que “sem uma solução política, os som das armas será alto e o
país entrará em um túnel negro”. As informações partem da Agência CMA.

(CBL)