PETRÓLEO: Preços sobem por sinais de oferta restrita e maior demanda futura

Porto Alegre, 27 de setembro de 2021 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo operam em alta, dando sequência ao movimento observado nos pregões
mais recentes diante de sinais de oferta mais restrita da commodity e da
possibilidade de países como a China precisarem comprar mais barris no futuro
para repor os estoques. A elevação na estimativa de preço do petróleo pelo
Goldman Sachs ontem também contribui para os ganhos.

“O consenso no mercado mundial de petróleo é de que a demanda em muitas
áreas voltou aos níveis pré-pandemia, o que faz das perdas de produção nos
Estados Unidos uma condição desproporcionalmente ‘bullish’ [favorável à
alta de preços]”, disse a Zaner em um relatório.

A produção de petróleo nos Estados Unidos caiu por causa do furacão Ida
e de outros eventos climáticos. Com isso, o país teve de recorrer aos
estoques da commodity, que agora garantem o suprimento norte-americano por pouco
menos de 29 dias. No mesmo período do ano passado, esse índice estava acima
de 35 dias.

A restrição na oferta, porém, não se restringe aos Estados Unidos – a
China também precisou vender petróleo das reservas no fim da semana passada.

O Goldman Sachs publicou um relatório ontem apontando que o déficit na
oferta de petróleo não deve ser revertido nos próximos meses porque a
escassez da commodity supera a disposição e a capacidade da Organização dos
Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de seus aliados para aumentar a
produção.

“Isto abre caminho para que os estoques caiam ao menor nível desde 2013
até o final do ano”, disse o banco no relatório, acrescentando que elevou sua
projeção para o valor de fim de ano do petróleo tipo Brent – a referência
internacional de preço – para US$ 90 o barril, de US$ 80 anteriormente.

Por volta das 9h45 (de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI
negociado na Nymex com entrega para novembro subia 2,06%, cotado a US$ 75,51 o
barril. O preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE com entrega
para novembro avançava 3,0%, cotado a US$ 79,57 o barril. Com informações da
Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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