Porto Alegre, 27 de julho de 2023 – A produção no Brasil e no exterior de petróleo, líquido
de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 2,637 milhões de barris de óleo
equivalente por dia (boed) no segundo trimestre deste ano (2T23), queda de 0,6% na comparação
anual e 1,5% abaixo do registrado no primeiro trimestre de 2023 (1T23), informou a companhia em seu
relatório de produção e vendas divulgado nesta quarta-feira.
A companhia atribuiu a redução trimestral, principalmente a: maior volume de perdas por
paradas e manutenções, declínio natural de campos maduros e desinvestimentos, efeitos
parcialmente compensados pelo ramp-up da P-71, no campo de Itapu, e pelo início de produção dos
FPSOs Almirante Barroso, no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos e Anna Nery, no campo
de Marlim, além de novos poços de projetos complementares, na Bacia de Campos.
No Brasil, a produção foi de 2,603 milhões de boed, retração de 0,5 e 1,4% nas
comparações com o mesmo período de 2022 e com o 1T23. No exterior, a produção foi de 35 mil
boed, baixas de 5,4% e 2,8% nas mesmas bases de comparação.
No pré-sal, onde a empresa é dona natural e tem como foco, a estatal produziu 1,708 milhões
de barris por dia (bpd), alta de 6,2% na comparação anual e 0,4% ante o 1T23. A expansão
trimestral foi devido, principalmente, ao ramp-up de produção da P-71, no campo de Itapu, e ao
início de produção do FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios, na Bacia de Santos.
A produção nos campos do pós-sal diminuiu 20,3% e 9,7% em bases anual e trimestral e atingiu
346 mil bpd no período. A redução ante o 1T23 ocorreu, principalmente, em função do maior
volume de perdas com paradas e manutenções, do desinvestimento em Albacora Leste e do declínio
natural da produção, efeitos parcialmente compensados pelo início de produção do FPSO Anna Nery
e pela entrada de 5 novos poços de projetos complementares na Bacia de Campos (1 em Albacora, 1 em
Roncador, 1 em Marlim Sul e 2 no Polo Jubarte)
De acordo com a Petrobras, a performance os campos do pré-sal foram responsáveis por 78% da
produção de óleo da companhia no período.
No segmento de Refino, o volume total de vendas, que engloba Brasil e exterior, foi de 2,824
milhões de bpd, 9,3% menor na comparação anual, sendo 2,136 milhões no mercado interno, queda de
6,2% e 688 mil no mercado externo, baixa de 17,8%.
Ainda na área de refino, o volume de produção total foi 1,808 milhões de bpd no período,
alta anual de 2,1% e trimestral de 9,4%. Esse aumento foi suportado por uma maior disponibilidade
das refinarias, após a realização de importantes paradas programadas ocorridas no 1T23 (unidades
da REVAP, REFAP e RPBC), além do maior FUT de 93% no 2T23.
O volume total de vendas foi de 1,723 milhões de bpd, elevação de 0,3% na base anual e
elevação de 1,5% na trimestral, principalmente por conta da gasolina, em razão da maior
competitividade, e do GLP, pela sazonalidade de consumo. Comparadas ao 2T22 as vendas ficaram em
linha, mesmo após a saída da REMAN.
No período, as exportações líquidas somaram 268 mil bpd, recuo de 38,0% na comparação
anual e de 48,5% ante o 1T23, enquanto a importação alcançou 358 mil bpd no trimestre, alta de
3,5% quando comparado ao mesmo período do ano anterior e 2,5% inferior ao intervalo anterior.
“No 2T23 a exportação líquida reduziu 48,1% em relação ao 1T23 devido à menor exportação
de petróleo com o aumento do processamento das refinarias, que foi atenuada pela menor importação
de óleo, além da realização de estoque em andamento no 1T23”, explicou a Petrobras. As
informações são da Agência CMA.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 22/11/2024 17:50