PETRÓLEO: WTI chega a 5% com rali e consumo nos EUA alto, e futuros estendem ganhos

Porto Alegre, 29 de julho de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo aceleram a
alta, com o WTI chegando a subir 5% com o impulso causado pelo rali da manhã, quando os traders
apostaram que a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na semana que
vem não terá aumentos expressivos na produção do cartel, à medida que a oferta se aperta cada
vez mais.

Os números de gastos pessoais norte-americanos também ajudam a apoiar os preços, já que
mostram que o poder e a vontade de comprar dos Estados Unidos ainda está em alta.

“Um dólar mais fraco e ações mais fortes também estão dando suporte aos preços. Uma queda
do dólar torna o petróleo mais barato para compradores com outras moedas”, afirmam analistas do
UBS.

As ações globais, que muitas vezes se movem em conjunto com os preços do petróleo, estavam
em alta na esperança de que o aperto monetário dos Estados Unidos não fosse tão duro quanto o
esperado inicialmente, após números de crescimento decepcionantes.

Um dos principais impulsionadores dos preços é a próxima reunião da Opep e aliados liderados
pela Rússia, conhecidos como Opep+, em 3 de agosto.

Fontes da Opep+ disseram que o grupo considerará manter a produção de petróleo inalterada
para setembro, com duas fontes da Opep+ dizendo que um aumento modesto seria discutido.

A decisão de não aumentar a produção decepcionaria os Estados Unidos depois que o presidente
do país, Joe Biden, visitou a Arábia Saudita este mês na esperança de fechar um acordo para
abrir as torneiras.

Analistas, no entanto, disseram que seria difícil para a Opep+ aumentar a oferta, já que
muitos produtores já estão lutando para cumprir as cotas de produção.

Por volta de 11h45 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para setembro subia 5.54%, cotado a US$ 101,79 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para setembro avançava 3,29%, cotado a US$ 110,67
o barril.

Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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