Porto Alegre, 16 de maio de 2017 – O mercado de petróleo quase alcançou o
equilíbrio entre demanda e oferta durante o primeiro trimestre de 2017 e esse
processo deve ganhar força no restante do ano, afirmou a Agência Internacional
de Energia (AIE) em seu relatório mensal sobre o setor.
A agência afirma que o acúmulo de estoques de petróleo entre janeiro e
março deste ano foi de 100 mil barris por dia (bpd). Para países da
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o estoques
cresceram em 300 mil bpd, mas esse movimento foi quase todo compensado pela
queda nos estoques flutuantes da commodity – ou seja, a porção que está em
trânsito em navios petroleiros -, além de baixas em outros centros de
armazenamento.
“Tem demorado algum tempo para que os estoques reflitam a queda na oferta,
num momento em que os volumes produzidos antes dos cortes de produção da
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de outros 11
países ainda estão sendo absorvidos pelo mercado”, diz o documento.
“No primeiro trimestre, pode ser que não tenhamos visto uma volta firme
ao déficit [ou seja, mais demanda que oferta], mas esse relatório confirma
nossa mensagem de que o reequilíbrio do mercado está essencialmente presente
e, pelo menos no curto prazo, está acelerando”, acrescenta o texto.
Para o segundo semestre, a AIE prevê uma queda de 700 mil bpd nos estoques
globais, assumindo que o nível de produção da Opep seja mantido em 31,8
milhões de bpd e que não haja nenhuma outra mudança drástica no mercado.
“Adotando o mesmo cenário, no segundo semestre de 2017 as quedas de estoques
devem ser ainda maiores”, diz a agência.
O relatório é publicado nove dias antes da cúpula semestral da Opep em
Viena, quando os países devem discutir a possibilidade de estender o prazo do
acordo de corte de produção adotado no fim de 2016. Segundo o trato em vigor,
a Opep e mais 11 países, entre eles a Rússia, prometeram retirar 1,8 milhão
de bpd do mercado no primeiro semestre deste ano, adotando tetos de produção
específicos por país.
Ontem, a Rússia e a Arábia Saudita – maior produtor do cartel –
publicaram uma declaração conjunta propondo prolongar o acordo por mais nove
meses, ou seja, até março de 2018. A proposta ainda precisa ser aprovada pelos
outros participantes.
Para a AIE, mesmo com a queda já prevista nas reservas da commodity, até
o fim de 2017 os estoques correm o risco de não voltar a níveis equivalentes
à média de cinco anos. “Isso sugere que muito trabalho ainda precisa ser
feito no segundo semestre para reduzir ainda mais os estoques”, conclui o
relatório. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 12/06/2025 09:40