PETRÓLEO:Futuros operam entre perdas e ganhos com sinais mistos do comércio

Porto Alegre, 22 de novembro de 2019 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo oscilam entre perdas e ganhos devido especulações quanto à
conclusão do acordo comercial entre Estados Unidos e China.

O presidente chinês, Xi Jinping, disse que o país quer trabalhar para um
acordo inicial com os Estados Unidos e que está tentando evitar uma guerra
comercial, mas não tem receio de retalia-lo quando necessário. Mais tarde, em
entrevista para o programa Fox and Friends, o presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, afirmou que “as chances de conclusão de um acordo são muito
grandes”.

“O sentimento de incerteza quanto às negociações entre Estados Unidos e
China marcou a semana com sinais mistos”, disse o analista da FX Empire, James
Hyerczyk. No início da semana, Trump disse que os Estados Unidos aumentariam
as tarifas sobre as importações chinesas se nenhum acordo for alcançado.

Notícia de ontem do South China Morning Post indicou que os Estados Unidos
podem adiar tarifas sobre as importações chinesas mesmo que o acordo não
seja firmado até o dia 15 de dezembro.

Do lado da oferta, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep) e seus aliados sinalizaram que podem manter os cortes na produção
atualmente em vigor – de 1,2 milhão de barris por dia – até, pelo menos,
meados de 2020.

Além disso, “as tensões no Oriente Médio foram catalisador dos
acentuados ganhos desta semana nos preços de petróleo”, afirmou o analista da
FX Empire, Kenny Fisher.

Ele citou a interceptação de um avião de combate saudita por rebeldes
houtis, do Iêmen, e também falou dos protestos violentos nas cidades do Irã.
“As tensões no Golfo Pérsico permanecem elevadas e a pausa no movimento
ascendente do petróleo pode ser curta.”

Por volta de 12h07 (de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI
negociado na Nymex e com entrega para janeiro de 2020 caía 0,30%, cotado a US$
58,39 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE
com entrega para o mesmo mês avançava 0,06%, cotado a US$ 64,01 o barril. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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