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PLANO SAFRA: Aumento de recursos foi importante para suinocultura – ABCS

1 de julho de 2022
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Porto Alegre, 1 de julho de 2022O presidente da Associação Brasileira dos
Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, avaliou que o Plano Safra trouxe um
acréscimo de recursos muito importante para a suinocultura. Com aporte de R$
340,8 bilhões, o valor do Plano reflete um aumento de 36% em relação ao Plano
Safra anterior, que disponibilizou R$251 bilhões aos produtores rurais. Por
outro lado, Lopes reforçou que a linha de retenção de matrizes, que era muito
esperada pelo setor, não saiu. “A linha de retenção de matrizes é
essencial para a suinocultura, ainda mais nesse ano em que o setor passa por uma
crise econômica em que o preço de venda do suíno não paga o custo.”

Juros

Os recursos do Plano com juros controlados somam R$ 195,7 bilhões
(acréscimo de 18%), com juros livres, R$ 145,18 bilhões (acréscimo de 69%) e
os recursos equalizados, que são aquela parte dos juros que não é cobrada do
tomador, cresceu 31%, chegando a R$ 115,8 bilhões. Na oportunidade, o Ministro
da Agricultura, Marcos Montes, explicou que as taxas de juros foram compatíveis
ou inferiores às taxas de mercado, inferiores até à taxa Selic.

Para o presidente da ABCS, os juros do Plano 2022/2023 não são baixos,
mas devido ao cenário econômico que o país está passando e a própria alta
da Selic, foi dentro do esperado. “A ABCS junto das demais entidades do Agro
trabalhou para os juros serem abaixo de dois dígitos, infelizmente não foi
para todas as linhas, porém foi abaixo da Selic.”

Pequenos e médios produtores

Como reforçado pelo governo, os produtores pequenos e médios continuam
sendo prioridade no Plano Safra. O Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf) teve um acréscimo de 36%, sendo destinados R$
53,61 bilhões, com juros de 5% ao ano (para produção de alimentos e produtos
da sociobiodiversidade) e 6% ao ano (para os demais produtos). Já para o médio
produtor, por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp)
foram disponibilizados R$ 43,75 bilhões, um aumento de 28% em relação à
safra passada, com juros de 8% ao ano. Os recursos disponibilizados em ambos os
programas são com taxas de juros controladas.

Demais produtores

Para os outros produtores e cooperativas, o total disponibilizado chega a
R$ 243,4 bilhões, com taxas de juros de 12% ao ano. Os produtores rurais
também podem optar pela contratação de financiamento de investimento a taxas
de juros pós-fixadas.

Inovação

O Plano Safra disponibiliza recursos para o incentivo à inovação
tecnológica e para investimentos necessários para a adoção de boas práticas
agropecuárias e de gestão da propriedade, como o programa Inovagro. Nesta
edição, o Inovagro terá R$ 3,51 bilhões em recursos, com juros de 10,5% ao
ano. Entre os financiamentos previstos para a linha estão os investimentos
relacionados a sistemas de conectividade no campo, softwares e licenças para
gestão, monitoramento ou automação das atividades produtivas, além de
sistemas para geração e distribuição de energia produzida a partir de fontes
renováveis.

LCA

Outra novidade deste lançamento foi o aumento referente aos recursos das
Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), que saiu de 50% para 70%. Segundo a
equipe técnica do MAPA, a LCA é um título de renda fixa emitido pelos bancos
para financiar atividades agropecuárias e a expectativa é que a medida gere
uma maior participação do mercado de finanças privadas do agro, com a
expansão de títulos como a CPR, CDCA, CRA, além da LCA.

Plano Safra e a Suinocultura

Segundo o consultor de mercado da ABCS, Iuri Machado, o Plano Safra
2022/2023, dependendo do ponto de vista, pode ser encarado de forma positiva ou
trouxe algumas frustrações. “Se comparamos a Selic de hoje em relação a do
plano safra anterior, houve uma verdadeira inversão positiva para o setor
agropecuário, visto que em meados do ano passado a Selic era inferior a 5% e
hoje já está em 13,25%, ou seja, as taxas oferecidas pelo novo Plano Safra,
tanto de custeio, quanto de investimento, embora mais elevadas, estão
inferiores a Selic”. O consultor explica ainda que para a suinocultura,
excetuando-se as linhas para pequenos e médios produtores (Pronaf e Pronamp),
os juros de custeio continuam em patamares relativamente altos (12%), bem como
de investimento, como por exemplo o Inovagro. (10,5%). “O aumento do volume de
recursos disponíveis pode não ser suficiente para compensar as altas taxas de
juro em uma atividade de alto risco que já vem acumulando prejuízos e
dívidas de uma das piores crises da história”, ponderou. As informações
são da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).

Revisão: Pedro Diniz (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

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Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

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Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
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