Porto Alegre, 14 de julho de 2016 – O plenário da Câmara dos Deputados
elegeu, com 285 votos, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) como o sucessor do
deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Casa, em decisão
definida no segundo turno.
As articulações em torno do sucessor de Cunha movimentaram o mundo
político nos últimos dias e evidenciou que a grande base de sustentação em
torno do governo de Michel Temer sofreu com disputas internas entre os blocos
aliados. O “centrão” – que reúne siglas do baixo clero – e partidos que
faziam oposição à presidente afastada Dilma Rousseff, como PSDB, DEM, PPS e
PSB, se estranharam em meio às diversas candidaturas lançadas por aliados à
presidência.
O PSDB, por exemplo, deixou de lançar candidatos para evitar maiores
rachas e formou – junto com o PPS e PSB – um apoio à candidatura de Rodrigo
Maia. As siglas estavam reticentes em apoiar parlamentares do centrão devido à
proximidade desses com Cunha. O Palácio do Planalto, enquanto isso, se
recuperava do susto no lançamento de Marcelo Castro, ex-ministro de Dilma e
contrário ao impeachment, como postulante oficial pelo PMDB e tentava
administrar as disputas internas dos partidos, sem interferências diretas nesse
processo.
No entanto, segundo interlocutores do Planalto, a candidatura de Castro foi
enfraquecida por conta da difusão de candidatos à esquerda do espectro
político e, também, por conta dos rumores de que o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva teria lançado a candidatura do ex-ministro. Um desses
articuladores contou à Agência CMA que o Planalto considerava improvável uma
vitória de Castro, e que o apoio de parte do PMDB ao deputado evidenciou uma
mensagem da ala mais fisiológica da sigla ao governo.
Ao iniciar a sessão para eleição do novo presidente da Câmara, o então
presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA) pediu desculpas aos parlamentares
e afirmou que não irá “lamentar o passado”. A passagem de Maranhão no
comando interino da Câmara intensificou as cobranças para que Cunha
renunciasse e deixasse vago o posto da presidência. O pepista ficou conhecido
por voltar atrás em decisões monocráticas e apenas no dia da eleição mudou
o horário da sessão por duas vezes.
O novo presidente da Câmara agora terá de cumprir um “mandato tampão”,
que se encerrará em fevereiro, quando seria completado a gestão de Cunha na
Casa. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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