Porto Alegre, 12 de maio de 2016 – O Senado Federal aprovou, por 55 votos a
22, a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff,
dando fim a uma longa batalha travada pelo governo no Congresso Nacional e no
Supremo Tribunal Federal (STF).
A partir da notificação do primeiro-secretário da Mesa Diretora do
Senado, Vicentinho Alves (PR-TO), que deve ocorrer ainda nesta manhã, Dilma
estará afastada do cargo por 180 dias, ou até que se conclua o julgamento por
crime de responsabilidade. Ainda assim, a base governista que apoiou a petista
até seus momentos finais promete continuar a batalha no STF e, também, como
oposição ao governo do vice-presidente Michel Temer, que agora assume
interinamente a Presidência.
Durante a longa sessão que durou mais de 20 horas e cuja expressão de
votos favoráveis ao processo superou as expectativas da oposição, já era
notório o tom de derrota de senadores governistas. Nos corredores que dão
acesso ao Salão Azul da Casa, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) já indicava os
caminhos que serão tomados pelo governo do vice-presidente peemedebista.
Segundo Jucá, tido como homem-forte de Temer, o vice-presidente deve
anunciar ainda hoje, após receber notificação de que assumirá a
Presidência, sua equipe ministerial, alvo de muitas especulações nos últimos
dois meses, período em que a residência oficial do peemedebista, no Palácio
do Jaburu, viveu momentos de forte movimentação de políticos.
De acordo com um forte quadro peemedebista, Temer deverá fazer um
pronunciamento junto com o anúncio dos quadros que comporão a Esplanada dos
Ministérios nos próximos dias. A expectativa é que Dilma faça seu último
discurso à imprensa como presidente ainda pela amanhã, antes de deixar o
Palácio do Planalto.
Apesar de longa, a sessão seguiu sem maiores tumultos, ao contrário da
criticada atuação dos deputados na votação que autorizou a tramitação do
processo de impeachment contra a petista. A maioria dos senadores se manteve,
ainda que repetindo os argumentos de ambos os lados difundidos ao longo dos
últimos dias, nas denúncias aceitas pelo parecer do senador tucano Antônio
Anastasia (PSDB-MG).
A presidente Dilma é acusada de cometer suposto crime de responsabilidade
ao ferir a Lei de responsabilidade Fiscal com a realização das chamadas
“pedaladas fiscais” – quando há atraso no repasse do governo a bancos
públicos para maquiar as contas públicas – e por ofender a Lei Orçamentária
ao baixar decretos de suplementação de crédito sem autorização do Congresso
Nacional. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2016 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50