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PORTOS: Embarques de soja e milho pelo Arco Norte crescem 487,5% em 11 anos

11 de maio de 2021
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Porto Alegre, 11 de maio de 2021 – As exportações de soja e milho pelos
portos do Arco Norte totalizaram 42,3 milhões de toneladas em 2020, um aumento
de 487,5% em relação a 2009, de acordo com um estudo divulgado, na segunda
(10), pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Entre 2009 e 2020, a produção de grãos acima do Paralelo 16, que engloba
as regiões Norte e Nordeste e parte do Centro-Oeste, cresceu 92,6 milhões de
toneladas, o que representa uma alta de 165,3%. Nesse mesmo período, o Brasil
registrou uma variação de 119,4 milhões de toneladas produzidas (+110,5%) e
89,3 milhões de toneladas exportadas (+205,7%).

O vice-presidente da CNA e presidente da Comissão Nacional de
Infraestrutura e Logística da entidade, Mário Borba, destacou a importância
de se avançar em obras de infraestrutura para reduzir os custos dos transportes
no Brasil.

“A pavimentação da BR-163, que vai do Mato Grosso ao Pará, por
exemplo, permitiu a redução dos custos de transportes de grãos em 26%,
contribuindo para o envio desses produtos para os portos do Arco Norte”,
disse.

Segundo a assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e
Infraestrutura da CNA, Elisangela Pereira Lopes, o crescimento da produção de
grãos em novas fronteiras agrícolas foi de 8,4 milhões de toneladas por ano,
enquanto que o da exportação foi de 3,2 milhões de toneladas ao ano.

“É como se a cada ano fosse criada a necessidade de implantar um
terminal com capacidade de 5 milhões de toneladas para atender o desempenho da
produção de soja e milho, cada vez mais recorde dos estados do Mato Grosso,
Pará, Maranhão, Tocantins e Bahia”, disse.

Elisangela explicou que algumas iniciativas, como a pavimentação da
BR-163 MT/PA, a dragagem do rio Tapajós, a instalação dos Terminais de Uso
Privado e a ampliação dos terminais de grãos no porto de Itaqui, no
Maranhão, e dos portos de Belém, contribuíram para os avanços expressivos na
região.

“Para continuar atendendo essa evolução, a CNA defende intervenções
como a implantação da ferrovia Ferrogrão, que vai ligar o porto de Miritituba
(PA) ao município de Sinop (MT), do Terminal Portuário de Outeiro (PA) e do
derrocamento do Pedral do Lourenço (PA), no Rio Tocantins”, afirmou a
assessora técnica.

De acordo com o estudo da Confederação, a produção de soja e milho
abaixo do Paralelo 16 (regiões Sul e Sudeste e parte do Centro-Oeste) teve alta
de 51,5%, um total de 26,8 milhões de toneladas de 2009 a 2020. Já os
embarques pelos portos das regiões Sul e Sudeste aumentaram 149,7%, total de
54,2 milhões de toneladas.

“O crescimento das exportações nesses portos foi resultado de
investimentos em ampliação, modernização e equipamentos; novos arrendamentos
de terminais de grãos; medidas para melhorar a operacionalização
(agendamento de caminhões); dragagem para aumentar profundidade dos canais e
acesso aos píeres e melhoria dos acessos terrestres (rodovias e ferrovias)”,
destacou a assessora.

Cenário 2020

No ano passado o Brasil produziu 227,4 milhões de toneladas de soja e
milho, sendo as regiões acima do Paralelo 16 responsáveis por 148,6 milhões
de toneladas ou 65,3% desse total. Já a produção de grãos abaixo do Paralelo
16 foi de 78,8 milhões de toneladas (34,7%), segundo os dados da CNA.

Com relação às exportações, em 2020 o país embarcou cerca de 133
milhões de toneladas de soja e milho. Os portos do Arco Norte responderam por
31,9% ou 42,3 milhões de toneladas desse total e os da região Sul e Sudeste
por 68,1% ou 90,4 milhões de toneladas.

Os portos que mais embarcaram grãos em 2020 foram Santos com 42,2 milhões
de toneladas (31,8%), Paranaguá/Antonina com 22,5 milhões de toneladas
(16,9%) e Rio Grande com 12,1 milhões/ton (9,1%), nas regiões Sul e Sudeste.
No Arco Norte foram o Sistema Belém/Guajará com 13,7 milhões/ton (10,3%) e
São Luís/Itaqui/PDM com 12,1 milhões/ton (9,1%).

Mapa logístico

A CNA lançou um mapa que retrata a logística nos corredores internos de
exportação de soja e milho em 2020 e traz a infraestrutura utilizada para o
escoamento da produção pelos modos de transportes rodoviário, ferroviário e
aquaviário.

Além disso, apresenta e compara a movimentação de soja e milho nos
portos públicos e terminais privados, alertando para a necessidade de ações
que ampliem a oferta de serviços portuários no Brasil.

O mapa contém, ainda, infográficos com informações sobre a matriz de
transporte brasileira, a movimentação de produtos pelas ferrovias, o uso dos
rios nos transportes de cargas e o potencial de expansão, bem como comparativos
entre a infraestrutura brasileira e os principais concorrentes no exterior.
“É um verdadeiro atlas da logística do setor agropecuário”, destacou
Elisangela. As informações partam da assessoria de comunicação da CNA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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