Porto Alegre, 17 de março de 2015 – O Porto de Paranaguá irá aumentar
em 33% a capacidade de operação do Corredor de Exportação. Nesta
quarta-feira (17), data em que o Porto completa 80 anos, a Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) inaugurou dois novos shiploaders
(carregadores de navios). Cada shiploader pode operar em uma velocidade de 2 mil
toneladas por hora – os carregadores antigos tinham capacidade de 1,5 mil
toneladas pro hora.
Os novos equipamentos são lançados no início do escoamento da safra
de grãos e vão proporcionar maior produtividade e tecnologia na exportação
de commodities agrícolas, na Operação Safra 2015.
Os dois equipamentos vão operar no berço 213, um dos três que
compõem o complexo do Corredor de Exportação. Até agosto, outros dois novos
shiploaders vão substituir dois carregadores antigos – que estão operando há
mais de 40 anos – nos berços 212 e 214. Ao todo, a Administração dos Portos
de Paranaguá e Antonina (Appa) investiu R$ 59,4 milhões, em recursos
próprios, para a aquisição dos quatro carregadores.
“Após conseguirmos ordenar a descarga dos grãos, equilibrar o fluxo
de caminhões e zerar as filas, investimos na modernização e repotenciamento
do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, estamos cumprindo mais um
etapa do Plano de Governo do Governador Beto Richa”, destaca o
diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.
Tecnologia e maior capacidade – Além de mais rápidos, os novos
shiploaders também possibilitarão o carregamento de navios de grande porte,
já que possuem uma lança bem mais comprida. Cada lança tem 36 metros de
comprimento a partir do trilho – 10 metros a mais do que os antigos
carregadores adquiridos na década de 70.
“Isso proporciona um alcance maior para carregar os navios, permitindo
que embarcações de grande porte possam atracar em Paranaguá. As lanças dos
shiploaders também são mais altas do que eram os antigos carregadores,
possibilitando o atendimento de maiores navios sem nenhuma restrição”,
explica Dividino.
Outra novidade, está relacionada com a proteção do meio ambiente. Os
novos shiploaders são projetados para operar em harmonia com o meio ambiente,
pois possuem um sistema de captação de pó que reduz a emissão de partículas
no ar durante o carregamento de navios com produtos como, por exemplo, soja e
farelo de soja.
O equipamento também tem gerador próprio, possibilitando o recolhimento
da lança e a sua movimentação sobre os trilhos em caso de queda de energia.
“Vamos reduzir o tempo de embarque e o custo de transporte marítimo,
vantagens fundamentais no competitivo cenário logístico do comércio exterior
de hoje”, afirma o Dividino.
Quem ganha com isso é o setor produtivo do estado. “É inegável o
avanço do porto nos últimos quatro anos. Hoje nós podemos dizer que ele
atende às necessidades do campo e do produtor”, afirma o presidente da
Federação da Agricultura do Paraná, Ágide Meneguette.
Para o presidente da Federação das Associações Comerciais e
Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Guido Bresolin Júnior, isso
reforça o Porto de Paranaguá é uma referência de produtividade. “O porto
é um orgulho para o paranaense. É muito importante que a administração
mantenha o foco em modernização e melhoria dos serviços para os usuários”,
afirma.
Mais de uma década sem investimentos – Desde a sua ativação, em 1973,
o Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá recebeu investimentos apenas
nos anos de 1996 e 1999, quando foi dado início ao Plano de Remodelação e
Repotenciamento do Complexo.
“Os ganhos de produtividade são bastante importantes quando
consideramos a disponibilidade de equipamento, o aumento da velocidade do
carregamento, a melhoria da qualidade das receitas e, principalmente, o
atendimento aos usuários que é o principal objetivo da Appa”, ressaltou o
presidente.
PRODUTIVIDADE – A entrega dos dois equipamentos ainda no início da
safra vai ampliar a capacidade de embarques em uma temporada que a colheita de
grãos deve ser recorde no país.
O Paraná deverá colher uma produção de grãos entre 36,5 milhões de
toneladas a 37 milhões de toneladas de grãos, durante as três safras
plantadas no ano agrícola 2014/15. Essa projeção, que aponta para um aumento
em torno de 2% em relação à colheita da safra anterior, foi elaborada pelo
Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do
Abastecimento, considerando as estimativas de área e produção para o trigo,
que será plantado em 2015, e às estimativas de plantio da primeira e segunda
safra de grãos.
No Porto de Paranaguá, a estimativa para os meses de março, abril e
maio, período em que a exportação da safra chega ao seu pico, é de que sejam
embarcadas cerca de 5,5 milhões de toneladas pelo Corredor de Exportação.
Nos dois últimos meses, a movimentação do Corredor, inclusive, bateu
recordes históricos – antes mesmo dos dois carregadores começarem a operar.
Em janeiro de 2015, foram exportadas 984,1 mil toneladas de soja, milho, farelo,
trigo e açúcar. O volume é o maior já registrado para o mês de janeiro e
supera em 0,2% o recorde anterior de 982,8 mil toneladas registrado em 2014. Em
dezembro de 2014 a marca foi ainda mais expressiva: 1,031 milhão de toneladas
foram embarcadas pelo Corredor de Exportação – resultado muito superior ao
recorde anterior para os meses de dezembro, que era de 749 mil toneladas em
2012. As informações partem da Assessoria de Imprensa da Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
Copyright 2015 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45