As cotações da soja nesta semana pouco oscilaram, com o mercado na expectativa do relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado na quinta-feira (8).
O referido relatório indicou que a produção dos EUA ficará em 125,2 milhões de toneladas (menor em 2,5 milhões de toneladas em relação a outubro), porém, os estoques finais naquele país sobem para 26 milhões de toneladas (aumento de 2 milhões de toneladas sobre outubro). Com isso, o patamar de preços aos produtores estadunidenses, em 2018/19, ficou mais ajustado, entre US$ 7,60 e US$ 9,60/bushel. Já a produção mundial de soja fica em 367,5 milhões de toneladas e os estoques finais, para este novo ano comercial, em 112,1 milhões. Para 2017/18 os estoques finais mundiais foram corrigidos para cima, ficando agora em 99,7 milhões de toneladas.
O mercado esperava o anúncio de uma safra estadunidense em 127,3 milhões de toneladas e estoques finais em 24,5 milhões. Para os estoques finais mundiais o mercado indicava 96,9 milhões de toneladas para 2017/18 e 110,8 milhões para 2018/19.
Diante disso, o mercado acabou ficando estável e o primeiro mês cotado fechou o dia 08/11 em US$ 8,67/bushel, contra US$ 8,69 uma semana antes.
Vale destacar que desde o final da semana anterior o mercado assumiu um novo patamar de preços, passando de US$ 8,33 para US$ 8,75 no espaço de quatro dias úteis na virada do mês devido a possibilidade de, finalmente, EUA e China entrarem em acordo quanto a guerra comercial que os mobiliza desde março passado.
Neste sentido, o presidente Trump destacou ter havido boa conversa com o presidente da China e que nova reunião entre os dois ocorreria por ocasião da reunião do G20 neste final de semana, em Buenos Aires.
Por outro lado, a colheita de soja nos EUA avançou muito bem, chegando a 83% da área semeada até o dia 04/11, contra 89% na média histórica.
Ao mesmo tempo, as inspeções de exportações de soja pelos EUA, na semana encerrada em 1º de novembro, atingiram a 1,23 milhão de toneladas, acumulando desde o início do atual ano comercial (1º de setembro) um total de 8,6 milhões de toneladas, contra 14,9 milhões um ano antes, na mesma época.
Já no Brasil, o Real voltou a se desvalorizar um pouco durante esta semana, diante dos desencontros entre os futuros membros do novo governo federal recentemente eleito, onde afirmações seguidamente estão sendo desmentidas, criando desconfiança sobre o que realmente o país terá pela frente. Com isso, o Real trabalhou ao redor de R$ 3,75 por dólar, com picos até R$ 3,78 durante a semana.
Mesmo assim, os preços internos pouco evoluíram, com o balcão gaúcho fechando a semana na média de R$ 76,48/saco (contra R$ 77,03 uma semana antes), enquanto os lotes ficaram em R$ 83,00. Nas demais praças nacionais os lotes fecharam a semana na média de R$ 79,00/saco no interior do Paraná; R$ 67,00 em Sorriso (MT); R$ 72,00 em São Gabriel (MS); R$ 76,00 em Goiatuba (GO); R$ 81,00 em Campos Novos (SC); R$ 73,00 em Uruçuí (PI); e R$ 70,00/saco em Pedro Afonso (TO).
O mercado está lento, sem grandes negócios, com as atenções voltadas ao novo plantio da safra de soja. Neste sentido, até o dia 1º de novembro o país havia semeado 55% da área esperada, contra 40,5% em igual data do ano passado. O Rio Grande do Sul chegava a 10%; Paraná a 67%; Mato Grosso a 90%; Mato Grosso do Sul a 78%; Goiás a 70%; São Paulo 50%; Minas Gerais a 60%; Bahia a 22%; Santa Catarina 24% e o conjunto dos demais Estados produtores a 9%. Em relação ao ano passado, apenas Santa Catarina apresenta atraso no plantio, porém, pouco significativo.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 29/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.943,33Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,25Preço base - Integração
Atualizado em: 29/11/2024 10:30