Suinocultura

Preço do suíno volta a subir no mercado interno

23 de outubro de 2019
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Após período de estabilidade, o preço do suíno vivo voltou a crescer. Em função da aproximação das datas festivas de final de ano, quando tradicionalmente aumenta a demanda por carne suína, a tendência é de que os preços continuem em alta. O aumento também das exportações para a China e a baixa disponibilidade de animais para abate (CEPEA), demonstram a elevação consistente no preço nos últimos meses. Todos estes fatores indicam uma sustentação dos preços pagos aos produtores nos próximos meses.

Cenário das exportações

A China se aproxima de se tornar o destino de quase metade das exportações de carne suína brasileira. É o que mostram os gráficos a seguir (tabela 3), sendo que no acumulado do ano, o Brasil está muito próximo dos números alcançados em 2017 (tabela 2), quando batemos o recorde de embarques de carne suína in natura.


Tabela 1. Exportações totais de carne suína brasileira in natura (toneladas e receita) de janeiro a setembro de 2019 e comparativo com o mesmo período de 2018. (MDIC).


Tabela 2. Volumes totais de carne suína in natura embarcada de janeiro a setembro de 2019, em comparação com o mesmo período de 2017, quando o Brasil bateu recorde de exportação. O ano de 2019, apesar de se manter ligeiramente à frente de 2017 em volume exportado no acumulado do ano (+0,58%), contou com redução das quantidades nos meses de agosto e setembro. Em valores totais (US$), está 11,9% abaixo de 2017 (MDIC).


Tabela 3. Comparativo mês a mês (até setembro) das exportações de carne suína in natura brasileira para a China em relação ao total exportado ao longo de 2019. Desde o início do ano a China tem aumentado seu percentual de participação, chegando em setembro a 46,35%. (MDIC).


Tabela 4. Comparativo mês a mês (até setembro) das exportações de carne suína in natura brasileira para a China em 2019 em relação ao ano passado. (MDIC).

 

Considerando todos os produtos, entre in natura e processados, no acumulado de janeiro a setembro, as exportações brasileiras de carne de suína atingiram 524,2 mil toneladas, uma alta de 12,15% em relação ao mesmo período de 2018. As receitas no mesmo período totalizam 1,080 bilhão de dólares, 21,1% a mais que 2018 (dados da ABPA).

Segundo o MBAgro, os exportadores norte-americanos esperam realizar expressivas vendas de carne suína para a China, em função das perdas decorrentes da Peste Suína Africana (PSA). É esperado também que importadores chineses realizem compras expressivas do produto norte-americano como sinal de boa vontade com as negociações bilaterais. A China impôs em julho de 2018 uma tarifa retaliatória de 62% sobre a carne suína norte americana, em virtude do conflito comercial entre os dois países. Além dessa taxa, desde 1º de setembro deste ano, está em vigor uma tarifa adicional de 10% sobre a carne suína norte-americana.

Cotação semanal

Dados referentes a semana 05/07/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 7,25

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 2.170,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.300,00

Milho Saca

R$ 64,00
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 05/07/2024 14:00

AURORA* - base suíno gordo

R$ 5,55

AURORA* - base suíno leitão

R$ 5,65

Cooperativa Majestade*

R$ 5,55

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 5,50

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,65

Alibem - base creche e term.

R$ 4,70

Alibem - base suíno leitão

R$ 5,55

BRF

R$ 5,35

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 4,52

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 5,60

JBS

R$ 5,30

Pamplona* base term.

R$ 5,55

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,65
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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