De acordo com informações divulgadas em coletiva de imprensa na quinta-feira (16), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), anunciou que tanto a produção de carne suína, quanto às exportações e o consumo per capita projetados para 2021 e 2022 são recordes históricos.
A entidade pontua que a produção da proteína deverá alcançar neste ano até 4,7 milhões de toneladas, número 6% superior ao registrado no ano passado, com 4,436 milhões de toneladas. Já o volume projetado para 2022 poderá chegar até 4,850 milhões de toneladas, volume 4% maior em relação a 2021.
No caso das exportações, a perspectiva é de embarques totais neste ano de até 1,130 milhão de toneladas, número 10,5% superior ao alcançado em 2020, quando foi registrado resultado de 1,024 milhão de toneladas. Em 2022, as vendas internacionais poderão chegar a 1,2 milhão de toneladas, volume que supera em 7,5% as exportações projetadas para 2021.
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, pontua que, mesmo com o trabalho de retomada da suinocultura chinesa, que importa a maior parte da carne suína brasileira, e da retomada da taxação de importação da proteína, saindo de 8% e voltando para 12%, o gigante asiático deve seguir como grande parceiro comercial do Brasil.
Santin pontua que houve abates antecipados de matrizes na China, o que aumentou a oferta de carne localmente, mas que no primeiro trimestre do ano que vem, com o feriadão de Ano Novo Lunar, boa parte desse estoque deve ser consumido, e o segundo trimestre deve ser de importações mais aquecidas por parte do país.
“Além disso, mesmo que a China reduza um pouco as importações nesse curto prazo, teremos a Rússia de volta às compras, a população da China crescendo e cada vez mais pessoas tendo acesso à proteína. Outro ponto é que há o trabalho de prospectar mais mercados para parceria comercial com o Brasil, como Canadá, por exemplo”, disse.
Em relação ao mercado interno, segundo a ABPA, o consumo per capita deverá alcançar este ano 16,80 quilos, 5% maior que o consumo registrado em 2020, com 16,06 quilos. Já em 2022,o consumo per capita projetado alcança 17,30 quilos, número 3% maior que o esperado para 2021.
Custos de produção
Segundo o presidente da entidade, Ricardo Santin, os custos de produção em patamares elevados “vieram para ficar”, e isso não apenas quando se fala em grãos, uma vez que os produtores de milho e soja também estão sendo pressionados pelo aumento nos custos dos insumos.
Santin ressalta que houve aumento também nos preços de embalagens plásticas, papelão, embalagens rígidas e também no óleo diesel para o transporte de cargas, fatores que também compõem esta cesta de custos que devem permanecer elevados no ano que vem.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50