São Paulo, 24 de maio de 2019 – A primeira-ministra do Reino Unido,
Theresa May, anunciou que vai deixar o cargo no dia 7 de junho, após seu acordo
para o Brexit ter sido rejeitado três vezes no Parlamento e com poucas
perspectivas de que o novo plano, que ela apresentou esta semana, seja aprovado.
“Agora está claro para mim que é no melhor interesse do país que um
novo primeiro-ministro lidere estes esforços”, disse ela, em um discurso em
Downing Street. Segundo a premiê, o processo para eleger um novo líder vai
começar na semana seguinte à sua renúncia, e ela vai continuar no cargo até
que um sucessor seja escolhido.
“É sempre será motivo de profundo pesar que eu não tenha sido capaz de
entregar o Brexit. Caberá ao meu sucessor buscar honrar os resultados do
plebiscito. Para ter sucesso, ele ou ela terá que encontrar consenso no
Parlamento onde eu não encontrei”, afirmou, acrescentando que, a única forma
de chegar a um consenso é se todos os lados do debate estiverem dispostos a
ceder.
Segundo ela, há três anos o povo britânico votou para deixar a União
Europeia (UE) e que, em uma democracia, se você dá as pessoas uma escolha
você tem o dever de implementar o que elas decidiram. “Eu dei o meu melhor
para fazer isso. Eu negociei os termos de nossa saída e de um novo
relacionamento com nossos vizinhos mais próximos que protege empregos, nossa
segurança e nossa união”, disse.
“Fiz tudo que pude para convencer os parlamentares a apoiar este acordo.
Infelizmente, eu não fui capaz de fazer isso. Tentei três vezes”, disse.
“Então, hoje, eu anuncio que estou renunciando como líder do Partido
Conservador e do governo na sexta-feira, 7 de junho, para que um sucesso seja
escolhido”, destacou.
O Brexit estava inicialmente marcado para o dia 29 de março deste ano, mas
o acordo de saída que May assinou com os líderes da UE não foi aprovado no
Parlamento do país. Assim, a saída do Reino Unido do bloco europeu foi adiada
duas vezes e a nova data para formalizar o divórcio é 31 de outubro.
May já havia prometido deixar o cargo se o acordo fosse aprovado pelos
deputados e enfrentava crescente pressão, inclusive de seu próprio partido,
para marcar uma data para sua renúncia. A premiê sobreviveu a duas tentativas
de afastá-la do cargo.
Esta semana, May apresentou um novo plano para o Brexit, incluindo a
possibilidade de que, após a aprovação do acordo de saída, os deputados
votem a realização de um segundo plebiscito sobre o Brexit. A votação da
nova proposta no Parlamento está prevista para a semana que começa no dia 3 de
junho.
O novo plano foi criticado por membros de seu partido e levou à renúncia
de Andrea Leadsom, líder conservadora no Parlamento. Além disso, começaram
ontem as eleições ao Parlamento Europeu, e as pesquisas mostram que o Partido
Conservador terá seu pior resultado na votação, com votos sendo transferidos
para o novo partido do Brexit liderado por Nigel Farage.
As informações são da agência CMA.
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