Agronegócio

Riscos em sanidade animal afetam todos, alerta diretor-geral da OIE

9 de dezembro de 2015
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Em reunião no Parlamento Europeu em Bruxelas, na Bélgica, no dia 1º de dezembro, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Bernard Vallat, discursou sobre os riscos para a sanidade animal no mundo decorrentes de fatores comerciais, socioeconômicos e climáticos. Há 15 anos no cargo, com mandato que se encerra neste mês, Vallat lembrou que os europeus devem manter os programas zoosanitários não apenas em nível nacional ou regional, mas também mundial.

O dirigente apresentou aos deputados da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural uma descrição detalhada das tarefas e atividades prioritárias da OIE, a fim de debater com os parlamentares os temas mais importantes para a elaboração de políticas futuras para o setor de animais de criação. Vallat mencionou o contexto internacional de crescimento da população mundial e de aumento da demanda por proteína animal, e recordou a evolução dos riscos sanitários globalmente. “Hoje, o mundo da pecuária é afetado por riscos sanitários relacionados com a globalização do comércio de animais e produtos de origem animal, bem como pelos efeitos das alterações climáticas, que favorecem a presença de vetores de doenças”, disse, conforme nota publicada no site da OIE.

Segundo ele, estima-se que cerca de 1 bilhão de pessoas pobres nas zonas rurais subsistam atualmente graças à manutenção de animais. “Portanto, a proteção do capital animal das populações pobres deve fazer parte das políticas de redução da pobreza nos países em desenvolvimento, uma vez que a posse de gado é, muitas vezes, um passo fundamental para a superação da pobreza.” O diretor-geral da OIE também destacou o perigo relacionado às recentes controvérsias sobre as consequências globais da relação entre o homem e os animais. “Questões extremamente complexas como a influência da pecuária sobre as alterações climáticas ou o potencial carcinogênico de produtos cárneos devem ser tratadas com o maior rigor científico possível, e ao se interpretar certos dados, não devemos nos levar por sentimentos ou filosofia.” Há uma grande quantidade de dados conflitantes publicados que, segundo ele, não devem se sobrepor aos aspectos positivos da pecuária em sua contribuição para o homem globalmente, tanto do ponto de vista nutricional como da redução da pobreza. “Um terço do solo do planeta pode ser explorado por ruminantes, que transformam os recursos herbáceos naturais em produtos de alta qualidade nutricional. O abandono dessas áreas leva a situações extremamente preocupantes com respeito ao meio ambiente e à segurança territorial”.

Vallat anunciou que em dezembro de 2016 será realizada a conferência global da OIE, no México, onde será debatida uma estratégia global para o bem-estar animal que, se possível, será consenso entre os 180 países membros da organização. “Hoje, assistimos a uma preocupação pública profunda pelo bem-estar animal, não só nos países desenvolvidos, mas também nas economias emergentes, algumas das quais que reforçaram consideravelmente as suas regras nesta área nos últimos dez anos, sobretudo graças às ações da OIE”.

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