A senadora Ana Amélia Lemos criticou a decisão do governo de Goiás de cobrar ICMS nas operações de processamento e comercialização da soja e o milho. Por meio de decreto, o governador de Goiás, Marconi Perillo, autorizou a cobrança de impostos sobre as exportações dos dois principais grãos cultivados no Estado.
Na prática, as empresas comercializadoras terão mais custos e haverá desequilíbrio no livre mercado da soja e do milho, o que prejudicará a competitividade dessas commodities em Goiás. O decreto foi assinado no fim de janeiro, porém ainda não entrou em vigor.
Ao Portal Agrolink, a presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), senadora Ana Amélia, adverte que medidas semelhantes quase quebraram o agronegócio na Argentina e vão prejudicar o setor primário goiano. “Este é o pior dos Mundos. Você está penalizando um setor que está sendo a locomotiva da economia brasileira. Se não fosse o agronegócio, Goiás não existiria como estado. O governador faz muito mal em tentar sobretaxar”, alerta.
Em nota, a Associação dos Produtores de Soja de Goiás (Aprosoja Goiás) também reprovou o aumento da carga tributária no Estado. “O Decreto nº 8.548, de 29 de janeiro de 2016, do Estado de Goiás, que dispõe sobre o diferimento de tributos nas operações com soja e milho, é um grave atentado à produção agropecuária daquele Estado. Por trás do texto legal e de suas tecnicalidades, o que existe efetivamente é um aumento dos impostos que recaem sobre o contribuinte. Por mais que se queira disfarçar, o ônus final será transferido aos milhares de agricultores que se dedicam as essas lavouras”, diz nota.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50