O setor suinícola nacional está apreensivo com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Isso porque os custos dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, que já estão elevados, tendem a subir ainda mais.
A Rússia e a Ucrânia estão entre os maiores produtores mundiais de trigo e ambos têm forte relevância na oferta de excedentes para transações externas.
No atual contexto, os preços internacionais do trigo dispararam, influenciando também os valores de outros grãos, como milho e soja.
Vale lembrar que muitos agentes do setor suinícola brasileiro relatam já trabalhar com margens negativas, e novos reajustes nos preços do grão devem intensificar os prejuízos.
Já no caso das exportações brasileiras de carne suína à Rússia, o conflito não deve trazer grandes impactos. Atualmente, os envios nacionais ao país russo representam apenas 5,9% dos embarques totais.
Ressalta-se, contudo, que o país já teve um papel de destaque no setor suinícola nacional.
Por 16 anos, a Rússia foi o principal destino da carne suína brasileira, chegando a ser responsável por 77% das vendas nacionais em 2002, e se mantendo na liderança até 2017.
Desde 2018, porém, com a proibição da entrada do produto brasileiro no país por conta de barreiras não-tarifárias, os embarques à Rússia não representam mais grande parte das exportações nacionais, mesmo após revogadas as proibições.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50