Representantes do setor suinícola reuniram-se na semana passada com integrantes do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (DAS/Mapa), quando discutiram o retorno da vacinação contra Peste Suína Clássica (PSC) nas áreas não livres, segundo informações divulgadas por entidades da cadeia produtiva.
Os produtores de suínos defendem o retorno da vacinação contra a PSC nas zonas não livres da doença para assegurar a sanidade do rebanho e contribuir para o desenvolvimento da suinocultura nos 11 estados do Norte e Nordeste que compõem a zona não livre.
“Os suinocultores da zona não livre enfrentam desafios únicos e, para que possamos garantir a continuidade e o desenvolvimento dessas propriedades, é crucial que avancemos nas ações de controle e erradicação da doença”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, em nota divulgada na semana passada.
“O retorno da vacinação, aliado a um monitoramento eficiente, representa um passo vital para proteger os produtores, as suas famílias e as suas comunidades, assegurando que possam continuar produzindo com segurança e contribuindo para o crescimento do setor.”
Os estados que compõem a zona não livre de PSC são: Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima.
Em abril, três focos de PSC foram identificados em três propriedades no município de São José do Divino, no norte do Piauí.
O Mapa trabalha em parceria com o setor produtivo para erradicar a doença do país por meio do Plano Estratégico Brasil Livre de PSC.
Entre as medidas para erradicar a doença discutidas na reunião da semana passada, está a realização de estudos soroepidemiológicos para delimitar áreas de risco e de priorização da vacinação.
Outras ações previstas são a implementação da vacinação em regiões prioritárias da zona não livre, como no Ceará e no Piauí, que registraram focos da doença entre 2018 e 2024, e o reconhecimento de novos estados como livres de PSC.
Segundo nota divulgada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o retorno da vacinação ocorreria nos municípios que têm apresentado focos da enfermidade nos últimos anos, e ela seria custeada pelos produtores.
“A erradicação seria um marco para a competitividade do setor, proporcionando maior acesso a mercados nacionais e internacionais, fortalecendo a economia, agregando valor ao produto e gerando emprego e renda”, disse o presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Adroaldo Hoffmann.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 08/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,41Farelo de soja à vista tonelada
R$ 2.050,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 70,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50