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SOJA: Aprosoja diz que liberação emergencial de defensivo tem precedente

24 de janeiro de 2022
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Porto Alegre, 24 de janeiro de 2021 – Associação Brasileira dos
Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) solicitou ao Ministério da Agricultura na
última quarta-feira (19.01) a liberação emergencial dos herbicidas Diquat e
Paraquat para a dessecação das lavouras de soja.

Em nota divulgada à imprensa, a empresa Syngenta, detentora do registro do
Diquat, disse ser contra a “permissão para que produtos não avaliados e
aprovados pelas autoridades regulatórias brasileiras sejam disponibilizados aos
agricultores”.

No entanto, a liberação emergencial de defensivos tem um precedente
histórico. Em 2015 o governo federal autorizou o uso emergencial de benzoato de
emamectina, produzido pela própria Syngenta, para o controle da lagarta
Helicoverpa armígera.

A lagarta dizimou lavouras de soja e outras culturas e fez com que estados
como Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí e Goiás decretassem emergência
fitossanitária em decorrência dos prejuízos bilionários causados aos
produtores desde 2012.

A liberação emergencial só foi autorizada para produtos novos, como o
benzoato, porque esse defensivo agrícola já estava registrado em, pelo menos,
três países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico).

Naquela oportunidade, a detentora não foi contrária à liberação do
benzoato, sendo a única a depositar o pedido. Já com relação ao Diquat,
sabe-se que diversas empresas têm o registro no país e o Paraquat não é
nenhuma novidade no Brasil ou em qualquer membro do Mercosul. Ou seja, fica
claro que a preocupação neste caso não é com a segurança do produto, mas de
enfrentar a concorrência de outros fabricantes.

Além disso, a liberação emergencial do Diquat teria bem estabelecidas a
sua forma de entrada, aplicação e segurança no uso (como se trata de produto
genérico, todas essas etapas já foram concluídas), bem como a destinação
final de embalagens.

Importante destacar também que, diante da falta de comprovação sobre a
toxidade do Paraquat, autoridades sanitárias dos Estados Unidos liberaram o uso
desse herbicida por mais 15 anos, além de o Canadá ter autorizado o uso,
assim como Austrália e os países do Mercosul, onde o uso e a comercialização
do Paraquat – banido pela Anvisa em 2020 no Brasil – continua permitida.

A falta do Diquat tem prejudicado o processo de dessecação, que é a
utilização de herbicida para preparar as lavouras para a colheita e pode
trazer prejuízos à qualidade da produção brasileira e ao país como um todo.

Outro impacto é sentido no bolso do produtor. O litro, que antes era
comprado por R$ 30,00, está custando mais de R$ 160,00. No início desta safra,
o aumento no preço do produto era de 300% e hoje alcança 500%, conforme
constatam produtores.

A Aprosoja Brasil tem recebido reclamações de produtores que adquiriram o
Diquat e ainda não receberam o herbicida. Porém, a alegação de falta de
produto não condiz com a realidade. Na verdade, não existe a falta do produto.
O que existe é que empresas estão restringindo produtos que foram comprados
por R$ 30,00 para poder vendê-los por um preço bem maior. E com isso a
Aprosoja Brasil não pode concordar. As informações partem da assessoria de
comunicação da entidade.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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