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SOJA: Brasil precisa agregar valor às exportações, diz Kátia Abreu

10 de março de 2016
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Porto Alegre, 10 de março de 2016 – A ministra da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, Kátia Abreu, comemorou, nesta quinta-feira (10), a estimativa
de produção de 101,2 milhões de toneladas de soja para a safra 2015/2016 –
divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mas afirmou que o
país precisa oferecer condições para que os agricultores brasileiros agreguem
valor ao grão exportado.

Para a ministra, o país poderia exportar mais soja processada (farelo e
óleo), não fosse a variação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS), cobrado quando esse tipo de produto é transportado entre
estados. “Precisamos melhorar a agregação de valor na nossa exportação de
soja. O que atrapalha muito é a variação de ICMS no Brasil. Ninguém quer
importar imposto.”

A soja foi o destaque do 6o levantamento da produção de grãos da Conab.
Com a previsão de 101,2 milhões de toneladas na safra 2015/2016, a oleaginosa
vai superar em 5 milhões a colheita do ciclo anterior. O bom resultado se deve
aos ganhos de 3,6% de área plantada e de 1,5% de produtividade.

No total, a companhia aponta que a produção de grãos desta safra
alcançará 210,3 milhões de toneladas, volume 1,3% maior do que a 2014/15, de
207,7 milhões. “Cada vez mais, a soja significa, para o mundo, um produto
muito brasileiro e já alcança várias partes do planeta”, comemorou a
ministra, durante a divulgação dos dados. Kátia Abreu disse que o projeto de
reforma do ICMS, em tramitação no Congresso Nacional, ajudará a alavancar
ainda mais as exportações do grão.

“Muitos reclamam, com razão, por que o Brasil exporta tanto grão e não
exporta farelo e óleo. Os culpados somos nós mesmos”, assinalou. “Esperamos
que o Congresso Nacional possa compreender o quanto isso tem travado o país.
Entendemos e respeitamos a preocupação de cada governador, mas acredito que o
que for para um determinado estado tem que ser bom para o país inteiro”.

Cadastro Ambiental Rural

Kátia Abreu destacou ainda que o Mapa é favorável à prorrogação do
prazo para inscrição das propriedades rurais no Cadastro Ambiental Rural
(CAR), que se encerra em 5 de maio, como determina o Código Florestal.

No ano passado, o prazo já havia sido prorrogado por um ano. Segundo dados
de janeiro do Serviço Florestal Brasileiro, 33,9% da área rural do país
ainda não foram cadastrados. “Muitos produtores ainda não fizeram o cadastro
devido, em grande parte, a problemas localizados de Justiça e outras questões.
Acredito que todos vão compreender que não é possível colocar a
agropecuária na criminalidade voluntariamente. Por que não dar mais uma
oportunidade para o setor agrícola que vem comemorando bons resultados na
geração de empregos, no Produto Interno Bruto e na balança comercial
brasileira?”, comentou a ministra.

Vendas externas

Durante a entrevista coletiva, a secretária de Relações Internacionais
do Agronegócio do Mapa, Tatiana Palermo, falou sobre o bom desempenho da
agropecuária nas exportações brasileiras em fevereiro. Neste mês, os
produtos agrícolas responderam por 50,3% do total dos embarques brasileiros

“O agro contribuiu para um superávit de 5,76 bilhões de dólares na
balança comercial brasileira, enquanto os outros setores continuaram com
déficit”, ressaltou a secretária, citando os produtos que mais puxaram os
embarques: soja, milho, carne bovina, açúcar, álcool e produtos florestais.

Entre os motivos para o bom desempenho, a ministra Kátia Abreu lembrou que
fevereiro do ano passado não foi bom nas exportações. Este ano, o dólar em
alta favoreceu as vendas externas. “Tomara que continue essa forte
tendência”, disse a ministra. Com informações da assessoria de comunicação
social do Mapa.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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