Porto Alegre, 25 de agosto de 2015 – A ministra Kátia Abreu (Agricultura,
Pecuária e Abastecimento) participou nesta terça-feira (25), na sede da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do lançamento do
Sistema de Produção Cultivance. A nova tecnologia é considerada um marco
para a ciência brasileira porque contém a primeira soja geneticamente
modificada totalmente desenvolvida no Brasil, desde as pesquisas em laboratório
até a comercialização.
“O Sistema Cultivance é, antes de tudo, motivo de muito orgulho para
todos nós. Representa uma alternativa especial para o produtor brasileiro
porque auxilia no manejo de resistência das plantas daninhas na lavoura de
soja”, discursou Kátia Abreu, durante solenidade na sede da Embrapa.
Para a ministra, a rotação de culturas é uma ferramenta importante
para auxiliar os agricultores a obter maior rentabilidade de forma sustentável.
“Este produto não vem para tomar o lugar do outro, mas para fazer uma
rotação. É uma forma de dizer que estamos ‘tapeando’ as plantas daninhas.
Além disso, nada melhor que concorrência. Com dois produtos, a tendência é
que o preço da semente caia”, completou.
O Cultivance foi desenvolvido ao longo de 20 anos por meio de uma
cooperação técnica entre a Embrapa e a empresa Basf. O sistema combina a
utilização de cultivares de soja geneticamente modificada com o uso de um
herbicida com amplo espectro de ação para o manejo de plantas daninhas de
folhas largas e estreitas. O resultado é uma opção inovadora disponível aos
produtores brasileiros, que passam a contar com um sistema de rotação de
tecnologias para o manejo das pragas da soja.
A ministra destacou ainda que a nova tecnologia também trará
benefícios para o consumidor final, já que o produto poderá chegar mais
barato às prateleiras. “Temos que estimular a pesquisa aplicada, aquela que
irá para o campo e trará resultado para o Brasil. Se os produtores conseguirem
produzir com mais qualidade e custo mais baixo, os alimentos chegarão ao
mercado com preço menor.”
Aliança para inovação
A ministra ressaltou, durante seu discurso, que um dos principais eixos
de atuação do Mapa é a formação da Aliança Nacional para Inovação
Agropecuária. O projeto, que terá a Embrapa como foco, impulsionará a
pesquisa e a inovação no campo por meio de novas fontes de financiamento.
Kátia Abreu afirmou que é necessário dobrar o atual orçamento da
Embrapa, que gira em torno de R$ 3 bilhões, e posteriormente triplicar esse
valor. Somente com a tecnologia desenvolvida pela empresa de fixação
biológica do nitrogênio, exemplificou a ministra, o Brasil economiza
anualmente R$ 12 bilhões. “Se a Embrapa fosse hoje cobrar legitimamente como
uma empresa privada, esse orçamento deveria ser muitíssimo maior”, comparou.
“A Aliança para Inovação será um legado, um passo a mais do que a
Embrapa deu até aqui”, observou Kátia Abreu, acrescentando que é necessário
agregar todas as instituições de pesquisa voltadas para a agricultura que,
segundo a ministra, podem estar “dispersas”. “Sob o comando da Embrapa,
teremos uma grande aliança, uma grande rede de pesquisa.”
Na avaliação da ministra, a Embrapa deve continuar firmando parcerias
produtivas e inovadoras com a iniciativa privada, nas quais poder público,
consumidor e empresários saiam ganhando – a exemplo do projeto Cultivance
desenvolvido juntamente com a Basf. Esse será um dos focos da Aliança para
Inovação, que pretende captar recursos do mercado para impulsionar a pesquisa
na área agropecuária.
“Não queremos ficar distantes da iniciativa privada. Não temos o
preconceito de que pesquisa tem que ficar longe de comércio. Produzimos
pesquisa para ser comercializada, democratizada e usada pelas pessoas, sempre
com o objetivo de beneficiar a sociedade, porque é dinheiro público que está
por trás também”, disse Kátia Abreu. As informações partem da Assessoria
de Comunicação Social do Mapa.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Atualizado em: 26/06/2025 13:30