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SOJA: El Niño impõe cautela ao início da safra

2 de outubro de 2015
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Porto Alegre, 2 de outubro de 2015 – Até o início do verão, período que
coincide com o fim do plantio da primeira safra 2015/16, meteorologistas
estimam que um El Niño de intensidade moderada a forte deve influenciar o clima
do Brasil. Os efeitos são diversos, mas a soja do Mato Grosso já tem os
trabalhos atrasados e no Sul cresce a preocupação com a praga ferrugem
asiática.

“Chove bem em uma área mas em outra não. Isso faz com que o produtor
tenha que plantar em doses homeopáticas”, explica o agrometeorologista da
Somar Meteorologia, Marco Antonio dos Santos, sobre o cenário traçado para as
lavouras de São Paulo, Minas Gerais, norte do Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato
Grosso e Matopiba (região formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da
Bahia).

O vice-presidente da Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado
do Mato Grosso (Aprosoja) para a região leste, Endrigo Dalcin, conta que
osagricultores se preparam para dar a largada no plantio no dia 15 de setembro,
data final do vazio sanitário, mas neste ano as chuvas não vieram conforme o
esperado. “Tivemos um atraso de pelo menos 13 dias no início da semeadura, o
que pode afetar a produtividade da safrinha de algodão”, afirma.

“Quem têm pivôs, começou o plantio. Porém, devido à pouca quantidade
de chuva, os produtores não estão começando ou, quem começa, começa de
forma cautelosa. De forma geral, nossa região que por tradição planta cedo,
está atrasada”, acrescentou o vice-presidente da Aprosoja na região norte,
Silvésio de Oliveira. Segundo ele, ali poderá haver prejuízo à janela de
plantio da segunda safra de milho.

Pela primeira vez o Instituto Nacional de Defesa Agropecuária em Mato
Grosso (Indea) definiu um prazo limite para o plantio de soja, fixado em 31 de
dezembro. A colheita também foi delimitada para até cinco de maio de cada ano.
Dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgados
nesta semana, indicam que foram semeados apenas 50,6 mil hectares, o que
representa 0,55% da área total do principal estado produtor da oleaginosa.

Se para o Centro-Oeste risco é falta de chuvas, no Sul a preocupação
está no excesso delas. O especialista da Somar lembra que os maiores volumes de
água ficarão concentrados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e sul
do Mato Grosso do Sul. “El Niño deixa a possibilidade de perdas com ferrugem
em todo o Brasil, mas nestas lavouras a pressão é maior”, enfatiza Santos.
Trata-se de uma preocupação a mais para o produtor. As informações partem da
assessoria de comunicação da CNA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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