SAFRAS (09) – A soja em grão distanciou-se ainda mais do minério de ferro
na pauta das exportações brasileiras e consolidou-se como o principal item
das vendas externas do país no primeiro semestre deste ano, segundo análise da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Os embarques da
oleaginosa para o exterior, de janeiro a junho, totalizaram US$ 16,1 bilhões,
alta de 17,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as
exportações de minério de ferro caíram pelo segundo mês consecutivo e
tiveram queda de 5,4% na comparação semestral, somando US$ 14 bilhões.
Segundo a CNA, o desempenho da soja está associado à safra recorde do
grão, de 86 milhões de toneladas, o que compensou a redução dos preços da
oleaginosa, ocasionada pelo aumento da oferta mundial. O principal destino das
exportações em volume foi a China. Os embarques para o país asiático subiram
15,4%, na safra 2013/2014, em relação à safra anterior, passando de 59,8
milhões para 69 milhões de toneladas. O farelo de soja foi outro produto com
destaque na balança comercial do período, principalmente em razão da
valorização dos preços deste produto.
As exportações de soja em grão e farelo de soja totalizaram, em receita,
US$ 19,6 bilhões. De acordo com a CNA, houve crescimento da demanda mundial
pelo produto, especialmente na China e na União Europeia. A queda na produção
de soja em países de elevado consumo de farelo potencializou as importações
deste insumo, favorecendo ainda mais o crescimento da demanda mundial.
Milho
Ao contrário dos últimos dois anos, o Brasil deve perder espaço nas
exportações de milho. Na avaliação da entidade, a recuperação da
produção nos Estados Unidos e na Argentina, tradicionais exportadores do
cereal, deve pressionar a demanda pelo grão, reduzindo as vendas externas
brasileiras. No primeiro semestre, os embarques de milho caíram 54,5% em
receita e 68,3% em volume. “As dificuldades de escoamento da produção
também reduzem a competitividade do Brasil no mercado internacional”, explica
a CNA.
Carne
As vendas externas de carne bovina, incluindo as carnes in natura,
industrializada e os miúdos comestíveis de bovinos, somaram US$ 3,38 bilhões
no primeiro semestre de 2014, crescimento de 12,1%, em relação ao mesmo
período de 2013. Já os preços da arroba do boi gordo acumularam alta de
8,74%, em média, no período de janeiro a maio de 2014. As informações são
da assessoria da CNA.
(CS)
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50