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SOJA: Fórum Nacional repensa o plantio direto e o mercado mundial

7 de março de 2018
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Não-Me-Toque, 7 de março de 2018 – A produção primária brasileira
viveu um crescimento chinês nos últimos 25 anos e deve continuar avançando em
vendas mundiais de grãos e carnes pelo menos nos próximos 15 anos. O cenário
extremamente positivo ao setor foi tema da palestra “O Futuro do
Agronegócio”, ministrado pelo engenheiro agrônomo e professor titular da
FEA/USP, Marcos Fava Neves, no Fórum Nacional da Soja nesta terça-feira, 6 de
março. Realizado na 19 Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS), o evento
abordou a trajetória e os possíveis avanços tecnológicos e econômicos da
oleaginosa, que dominou considerável espaço na pauta de exportação
brasileira.

Segundo Neves, apesar do início de uma reação da economia interna
nacional os produtores brasileiros devem ficar atentos para as estratégias em
ocupar o mercado mundial com todos os tipos de produtos. “O consumidor não
estará aqui, mas sim na Ásia e África”, alertou o engenheiro agrônomo,
destacando a Tailândia e a India. Especificamente para a soja, as perspectivas
são mais animadoras ainda em especial para abastecer os chineses que devem
seguir aumentando as compras da oleaginosa verde-amarela.

O cenário positivo, porém, não exime o Brasil de repensar a logística,
a armazenagem e a construção de margens na cadeia produtiva do agronegócio
por meio do seu custo de produção. “Vai ter muito mercado pela frente, pelo
preço atual”, destacou o palestrante.

No evento, o coordenador técnico da CCGL, José Ruedell, ministrou a
palestra “Plantio direto: história, motivações e fundamentos técnicos.
Enfatizou que a soja é originalmente uma planta da China e que, ao longo do
tempo, foi transformada através do trabalho da seleção genética como
matéria-prima para os produtos de consumo atual. Ele explicou as diferenças do
processo convencional para o direto e a importância da preocupação da
proteção do solo e da água para garantir da rentabilidade da cultura.

Por conta disso, Ruedell defende um projeto inovador para as próximas
safras, de viabilidade de rotação de culturas. “O americanos estimam que
para cada dólar investido na conservação do solo faz a sociedade economizar
US$ 5”, afirmou.

Uma nova geração de conhecimento de plantio direto também foi destacada
pelo representante do Fórum dos Pro-Reitores de Pós-Graduação e Pesquisa na
Comissão Brasileira de Agricultura de precisão (CBAP), Antônio Luis Santi.
Ele ministrou a palestra “A busca por altas produtividades: o solo, as plantas
de cobertura e a qualidade da lavoura” e alerta para a necessidade de uma
reorganização do sistema de plantio. Para ele, produzir mais implica em um
plano de rotação inteligente que passa pela utilização de ferramentas da
agricultura de precisão como base do processo para a não estagnação das
lavouras.

Santi complementa ainda que “a busca por altas produtividades requer
cuidar dos detalhes”. Para ele, palha picada em excesso e mal distribuída na
colheita e o estresse hídrico, por exemplo, são situações muito sérias para
a fertilidade da semente e da lavoura. “A cultura é o melhor sensor sobre o
ambiente na qual está inserida. Conhecer o que a cultura esta sentindo pode
fornecer informações para direcionar intervenções de manejo. Nós precisamos
conhecer melhor o solo e amá-lo mais. As tecnologias de precisão podem e
devem nos levar mais longe”, ressaltou.

O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do
Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires, destacou na abertura do evento que
o sistema de plantio direto foi uma das principais revoluções agrícolas nos
últimos 50 anos e talvez da história. “Mas temos um potencial muito grande a
ser desenvolvido”, observou.

Além dos debates, os organizadores do Fórum Nacional da Soja homenagearam o
jornalista Waldir Antônio Reck pela trajetória de décadas de cobertura do
desenvolvimento do agronegócio gaúcho e pela organização do evento até a
edição passada. Com informações da assessoria de imprensa da FecoAgro/RS.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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