Porto Alegre, 31 de março de 2016 – A colheita de soja está chegando ao
fim no Mato Grosso do Sul e já é possível contabilizar prejuízos ao bolso do
produtor rural causados pelo excesso de chuvas ao longo do ciclo 2015/16.
Segundo dados do Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do
Agronegócio), da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de MS), não
haverá quebra significativa de safra, inclusive porque a produtividade se
mantém a mesma ciclo passado e o resultado estimado de produção se mantém em
7,5 milhões de toneladas de soja. No entanto, as perdas diretas aos produtores
podem ultrapassar R$ 100 milhões.
Chuvas
De acordo com o analista de grãos do Sistema Famasul (Federação de
Agricultura e Pecuária de MS), Leonardo Carlotto, 41 mil hectares de soja não
serão colhidos no Estado. Isso se deve aos danos causados pelo excesso de
chuvas, que geraram avarias no grão, mofos e, em alguns casos, até impediram o
acesso de maquinários nas lavouras para colheita.
Esses 41 mil hectares não colhidos, portanto, significam perdas ao
produtor que investiu e realizou plantio nessas áreas. Ou seja, de maneira
geral, a produção foi positiva, mas, para alguns produtores, as perdas foram
grandes, resultando em colheita bem abaixo da média do Estado.
“Se considerarmos que o custo de produção de cada hectare ao agricultor
é de R$ 2.452, já temos um prejuízo direto de R$ 100 milhões aos produtores
do Estado, considerando os 41 mil hectares não colhidos”, explica Carlotto.
Números positivos
De acordo com o analista, esses números ainda não estão finalizados, mas
indicam que a safra 2015/16 poderia ter sido ainda mais positiva para Mato
Grosso do Sul caso as condições climáticas tivessem sido mais favoráveis.
Sobre isso, Carlotto também estima que o Estado poderia ter arrecadado
ainda três vezes mais que o valor dessa perda. “Mato Grosso do Sul poderia ter
movimentado cerca de R$ 300 milhões a mais em comercialização, tributação
e movimentação da cadeia produtiva, caso os campos não tivessem apresentado a
perda que está sendo estimada para este ciclo”, detalha.
Esse montante que deixou de circular no Estado também está relacionado
aos ganhos que seriam obtidos graças ao aumento real de área plantada.
Crescimento
Nesta safra houve aumento de área plantada, cujo crescimento foi de 8% no
comparativo com o ciclo 2014/2015. A projeção inicial para a safra de soja
2015/16 era de 2.420 milhões de hectares, mas os levantamentos do Siga MS do
último dia 18 confirmaram a utilização de 2,5 milhões de hectares, o que
representa que o crescimento foi o dobro do projetado.
Se as condições climáticas tivessem sido mais favoráveis, a produção
em Mato Grosso do Sul certamente atingiria 7,9 milhões de toneladas de soja. A
produção não atingirá esse valor, no entanto, a estimativa se mantém
positiva e recorde, chegando a 7,5 milhões de toneladas. Esse número é
superior aos 7 milhões de toneladas colhidas na safra 2014/15, ou seja, meio
milhão de tonelada acima do último ciclo. As informações partem da
assessoria de imprensa da Aprosoja/MS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50