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SOJA: RTRS se reúne no Piauí para discutir diretrizes

20 de março de 2019
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Porto Alegre, 20 de março de 2019 – Em fevereiro, a Fazenda Progresso,
localizada na cidade de Sebastião Leal-PI – cerca de 400 km da capital
Teresina-PI – recebeu o Comitê Executivo da Associação Internacional de
Soja Responsável (RTRS) para realizar o primeiro encontro de 2019, que incluiu
dois dias de reuniões e um dia de visitas a fazendas certificadas e não
certificadas, cases de agricultura familiar e projetos sociais que estão
ocorrendo no âmbito da certificação RTRS.

Na ocasião, o grupo teve a oportunidade de realizar uma visita técnica
pela fazenda, que tem como foco o investimento em inovação e tecnologia na
produção de sementes de soja, o que alavancou a produção agrícola na
região e trouxe benefícios para as comunidades do entorno da propriedade. Para
a RTRS, reunir o Comitê Executivo da entidade em propriedades como esta
concede perspectivas diferentes e enriquece as discussões entre todos.

“É a primeira vez que nos reunimos no Nordeste e, durante dois dias,
realizamos reuniões para discutir nosso planejamento estratégico, bem como
definir diretrizes de próximos projetos e parcerias. Um tema importante
discutido foi a definição final para implementação e concretização da RTRS
como membro oficial e reconhecido da ISEAL Alliance”, comenta Presidente da
RTRS, Marina Born.

O ISEAL é uma associação global que reúne padrões de sustentabilidade
confiáveis e atendem os Códigos de Boas Práticas para promover mudanças
mensuráveis por meio de sistemas de certificação abertos, rigorosos e
acessíveis. Eles são apoiados por organismos internacionais de acreditação,
que atendem às melhores práticas internacionais aceitas. A RTRS será o
primeiro padrão que trata exclusivamente da produção de soja na ISEAL.

“Também tivemos a oportunidade de planejar o futuro e nossos objetivos
de longo prazo. Empresas, ONGs e Governos têm metas de sustentabilidade e
responsabilidade social até 2020 e estamos trabalhando para atender essa
demanda. Nossos esforços também estão voltados a estruturar o foco de
trabalho da entidade até 2025”, observa Born.

A programação do grupo também contou com encontros na cidade de
Sebastião Leal-PI, onde foram visitados projetos sociais, comunidades, pequenos
produtores e escolas que contam com o apoio da Fazenda Progresso.

De acordo com Gisela Introvini, membro do Comitê Executivo da RTRS e
Superintendente da FAPCEN, que representa os produtores do Maranhão, Tocantins
e Piauí, a produção de soja ajudou a desenvolver as cidades dos três
estados. “Há 20 anos, o MATOPI era considerado pobre e improdutivo e,
atualmente, observam-se tetos de produtividades semelhantes a qualquer outro
estado brasileiro. Outro feito da soja foi a geração de emprego e renda.
Municípios do Nordeste em que se planta soja tem uma renda per capita e um
índice de desenvolvimento humano acima dos demais. A certificação acompanha e
torna esses processos sustentáveis”, avalia.

“O Brasil possui grande extensão territorial e regiões distintas de
produção de soja. Encontramos peculiaridades no Piauí que não existem no Sul
ou no Centro-Oeste do país, por exemplo. O nosso Comitê Executivo é composto
por pessoas de diversas partes do Brasil e do mundo e, para a maioria, essa foi
a primeira oportunidade de ter contato com essa realidade. A RTRS permite esse
fórum de conhecimento e relacionamento, pois somos uma mesa redonda de diálogo
em que diferentes iniciativas da soja estão concentradas em nível global, o
que é bastante enriquecedor. Neste sentido, grande parte do trabalho do
conselho nestes dias foi dedicado a pensar em como tornar esta mesa redonda
ainda maior e mais representativa”, menciona Marina Born.

Sobre Grupo Progresso

A Família Sanders – proprietária do grupo Progresso que conta com mais
quatro fazendas no estado do Piauí e uma em Minas Gerais – resolveu investir
na certificação da produção da soja na Fazenda Progresso, seguindo os
princípios e critérios da RTRS. Um marco para o Nordeste do Brasil, já que
foi uma das primeiras propriedades a receberem a certificação na região.

A Fazenda Progresso impressiona tanto pela estrutura física, que demonstra
preocupação em investir em inovação e tecnologia, quanto pela produção
agrícola. No total, são 26 mil hectares de produção de soja e 4.100 hectares
de algodão. Ambas as produções possuem certificação, a soja é certificada
pela RTRS e o algodão pela ABR e Licenciamento BCI.
Sobre a RTRS

Fundada em 2006, a Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS)
é uma organização internacional pioneira formada pelos principais
representantes da cadeia de valor da soja, como produtores, indústria,
comércio, finanças e a sociedade civil. Os atores dessas diferentes áreas se
reúnem em torno de um objetivo comum, garantindo o diálogo e a tomada de
decisão por consenso.

A missão da entidade é promover o uso e o crescimento da produção
sustentável de soja e, por meio do Padrão RTRS de Produção de Soja
Responsável, aplicável mundialmente, garantir uma produção ambientalmente
correta, socialmente adequada e economicamente viável. É hoje o sistema mais
confiável e avançado do mercado de soja brasileiro para alcançar a
sustentabilidade. Atualmente, a RTRS conta com mais de 180 membros dos países
do mundo inteiro. Os princípios e critérios da RTRS são considerados um
padrão multipartes que garante o Desmatamento Zero na produção de soja
responsável. www.responsiblesoy.org/pt. As informações partem da assessoria
de imprensa da RTRS.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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