Suinocultura

Suíno: preço despenca até 25% mas setor acredita em retomada

8 de fevereiro de 2021
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Analista de mercado do Itaú BBA vê cenário apertado e difícil, mas diz que exportação pode ajudar a sustentar o mercado em bons patamares.

O preço médio do suíno vivo recuou ao menor patamar real desde julho de 2020, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Só em janeiro, algumas praças acompanhadas pela entidade registraram quedas de até 25%.

Apesar da forte desvalorização no mês passado, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul – ACSURS espera que o quilo do animal volte ao patamar recorde do ano passado, a R$ 8,91 para o produtor independente e R$ 6,04 para o integrado.

“Esta semana, as negociações que estão acontecendo já demonstram uma pequena subida. Se não tivermos força para subir, pelo menos ficaremos estáveis. Mas, aos poucos, o mercado dá sinais de estar reagindo novamente, olhando para o cenário de exportação”, afirma Valdecir Folador, presidente da associação.

Segundo Folador, o valor recebido neste momento está esmagando a rentabilidade da criação, já que o custo de produção é estimado em cerca de R$ 7. “Nesse período, os preços do milho, farelo de soja, vitaminas e minerais não recuaram. Há indústrias falando em reajustes [para cima] dessas matérias primas usadas na ração”, conta.

O analista de mercado Cesar de Castro, do Itaú BBA, vê um cenário complicado para o suinocultor nos próximos dois ou três meses, pois a tendência é que os preços caiam neste período. “Mas apesar do mercado interno ter essa dinâmica, devemos ter boas compras chinesas e é isso que vai sustentar o setor”, acrescenta.

Exportações de carne suína
De acordo com o especialista, a projeção é que os chineses importem 4,5 milhão de toneladas de carne suína de diversos destinos em 2021, o que representa queda de 10% em relação ao ano passado. “É importante dizer que estamos bastante na mão da China, que é quem mais absorve a nossa carne chinesa, então esses negócios precisam acontecer”, diz.

Castro não acredita que o Brasil vai aumentar muito mais os seus embarques para a China. No ano passado, as exportações bateram recorde, passando de 1 milhão de toneladas. “Só cresce se roubar espaço de outros fornecedores, e, como qualquer comprador, a China não vai querer concentrar suas compras em um só país de origem”, argumenta.

Mas isso não é ruim, segundo o analista. Caso mantenha o patamar de 2020, a exportação brasileira deve ser suficiente para sustentar os preços internos e dar condições ao suinocultor.

Folador também enxerga o cenário externo como positivo, mas lembra que 75% da proteína suína é consumida no mercado interno, que demonstra fraqueza após o fim do auxílio emergencial. “Esperamos que venha alguma medida para ajudar neste período de pandemia, para que o mercado tenha força para reagir”, diz. No curto prazo, o pagamento dos salários deve elevar um pouco mais as vendas.

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA CLIQUE AQUI.

Fonte: Canal Rural

Cotação semanal

Dados referentes a semana 22/11/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 9,53

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 71,50

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 1.975,00
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 22/11/2024 17:50

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,35

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,45

Cooperativa Majestade*

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 6,45

Alibem - base creche e term.

R$ 5,55

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,30

BRF

R$ 7,05

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,10

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,10

Pamplona* base term.

R$ 6,35

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,45
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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