A longevidade e a saúde da porca são essenciais tanto para atender os quesitos de bem-estar animal quanto de viabilidade econômica da produção de suínos. Globalmente tem-se tentado identificar as possíveis causas relacionadas ao prolapso de órgãos pélvicos (POP) em matrizes suínas, condição que tem se tornado bastante problemática em alguns plantéis pelo mundo.
Os prolapsos de órgãos pélvicos em fêmeas são classificados em três categorias, sendo: o prolapso retal, mais comum após o parto ou no pico de lactação; o prolapso vaginal, mais comum no pré-parto; e o prolapso uterino, que ocorre logo após ou dentro de algumas horas após o parto.
A gerente de Sanidade da Topigs Norsvin, Heloiza Irtes, explica que as causas relacionadas ao POP em porcas ainda não estão completamente claras, mas muitos fatores já foram identificados. “Alguns estudos mostram que a qualidade da água nas granjas pode influenciar a ocorrência de POP, assim como as granjas com fonte de água não tratada apresentaram maior risco para a enfermidade. Além disso, estes estudos também demonstraram pouca ou nenhuma evidência da influência do tamanho do rebanho, número de nascidos totais e da intensidade de indução ou auxílio do parto na incidência de prolapso. Em contrapartida, as porcas diagnosticadas com POP após o parto tiveram maior número de natimortos, um indicativo de dificuldade de parir”.
Outro fator importante identificado foi a estratégia de alimentação pré-parto, uma vez que a utilização Bump Feeding durante o final da gestação foi associada à redução do POP. Fator consistente com a observação de que porcas com pior escore corporal tiveram maior probabilidade de ter POP em comparação as fêmeas em boa condição corporal ou com excesso de peso.
“O fornecimento de ração antes do parto para porcas também teve impacto. Fêmeas que receberam menos de 2,2kg de ração no pré-parto tiveram aumento significante da incidência de POP quando comparadas às porcas que receberam 2,5kg ou mais de ração por dia”, indica a gerente.
Genética no centro da discussão
Nos últimos anos, a atenção ao fator genético também tem sido o foco das investigações científicas. Autores como Dunkelberger e Bhatia demostraram que o fator genético pode estar associado à ocorrência de POP no plantel. Estudos usando dados genômicos ao invés de dados de pedigree para estimar o parentesco entre os indivíduos de uma população confirmou que a genética é ainda mais importante do que se pensava, com herdabilidades de até 0,35. Esse estudo reforça, portanto, que para um progresso genético sustentável da suinocultura é necessário também incluir a seleção contra a incidência de POP nos objetivos de seleção.
“Por meio de um programa de genética moderno e inovador, a suinocultura busca sempre realizar a seleção de animais com maior longevidade e consequentemente que apresentam uma menor incidência de problemas como o POP. Diante disso, faz-se necessário que o programa de genética seja balanceado, melhorando o animal como um todo e não somente para uma característica”, reforça Heloiza.
Ainda, segundo a especialista da Topigs Norsvin, fazendo o dever de casa, agindo nos pontos certos, o trabalho de melhoramento genético tem se mostrado eficiente uma vez que existem inúmeras granjas brasileiras que não têm sido afetadas pelo aumento significativo da incidência de POP, como observado em outros países. Avaliando mais de 130 mil matrizes TN70 no Brasil em 2022, foi demonstrado que a taxa de mortalidade de matrizes ficou abaixo de 8%. A mortalidade de fêmeas relacionada somente a POP foi de 0,6%. “Esses resultados demonstram o comprometimento da Topigs Norsvin com o progresso genético sustentável”, corrobora Heloiza.
No entanto, mesmo que o aspecto genético seja importante, os fatores ambientais da granja também não podem ser negligenciados. “É de grande importância aliar seleção genética com a identificação e mitigação dos gatilhos ambientais para reduzir a incidência de POP em rebanhos comerciais de porcas”, orienta Heloiza.
TN70 entrega resultados positivos aos suinocultores
Desenvolvida pela Topigs Norsvin, a matriz TN70 atinge patamares de excelência únicos no cenário da genética suína mundial. Considerada por especialistas como a melhor matriz do mundo, esta fêmea F1 obtida pelo cruzamento das linhagens Norsvin Landrace e Linha Z (Large White), agrega as melhores características de ambas as linhagens.
A TN70 tem alta eficiência alimentar, ou seja, é uma fêmea que produz suínos terminados que consomem uma menor quantidade de ração para produzir um quilograma de peso vivo. Essa caraterística é altamente importante na produção de suínos, uma vez que o custo com alimentação representa entre 70 e 75% dos gastos totais da produção. Além disso, com a alta prolificidade, o elevado número de leitões desmamados e suínos terminados contribui com a diluição dos custos fixos de produção.
Preocupada com todo o processo de produção, a Topigs Norsvin tem focado no desenvolvimento de um melhoramento genético sustentável e balanceado, no qual um leitão a mais nascido vivo representasse também um leitão a mais desmamado. “Essa maior viabilidade, juntamente com a prolificidade da TN70, garante ao produtor mais suínos na fase de terminação e posteriormente comercializados”, finaliza Heloiza Irtes, da Topigs Norsvin.
Sobre a Topigs Norsvin
A empresa de genética suína Topigs Norsvin é reconhecida por sua abordagem inovadora na implementação de novas tecnologias e pelo seu foco contínuo na produção de suínos com a melhor relação custo-benefício.
Com uma produção de 15,1 milhões de doses sêmen/ano, a melhoria contínua e fortalecimento dos produtos permitem que os clientes da Topigs Norsvin obtenham um valor agregado significativo em sua produção. O melhoramento genético da Topigs Norsvin baseia-se em dois pilares fundamentais: sustentabilidade e eficiência, que se traduzem em um programa de genética balanceado e eficiência total na alimentação.
Pesquisa, inovação e disseminação de melhorias genéticas são os pilares da empresa, que investe 30 milhões de euros em P&D ao ano.
Mais informações: www.topigsnorsvin.com.br.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 14/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 2.006,67Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 73,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50