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TRIGO: Custos e acesso a crédito devem determinar crescimento de área no RS

11 de maio de 2022
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Porto Alegre, 11 de maio de 2022 – Os custos de produção do trigo e o
acesso ao crédito pelos produtores do Rio Grande do Sul são fatores
determinantes para dimensionar o tamanho da área na atual safra, como discutido
em reunião da câmara setorial do cereal no estado gaúcho. A expectativa da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que a semeadura do grão
apresente crescimento neste ano diante das condições favoráveis para o trigo
no mercado nacional e internacional. Atualmente, a Conab prevê uma área de
1,16 milhão de hectares. A nova estimativa será apresentada no próximo
anúncio da Safra de Grãos 2021/22, marcado para esta quinta-feira (12), o que
tende a impactar na produção.

Porém, a elevação dos custos de produção pode limitar esse possível
crescimento no estado gaúcho. A valorização do dólar, ao mesmo tempo em que
incentiva a semeadura, devido aos preços de produto no mercado, tem reflexo
negativo nos custos para os agricultores, uma vez que os valores de diversos
insumos seguem a cotação da moeda norte-americana, como combustíveis,
defensivos agrícolas e fertilizantes. “Vale salientar que por tratar-se de
uma cultura de alto risco, principalmente por questões climáticas, o produtor
não planta trigo sem seguro”, pondera o superintendente da Companhia no Rio
Grande do Sul, Carlos Bestetti.

“Com os custos maiores, a dificuldade de acesso ao crédito de custeio,
devido ao passivo deixado pela frustração da safra de soja, o preço dos
insumos e a demora na solução da cobertura do seguro agrícola da oleaginosa,
formam o conjunto principal de fatores que determinarão o tamanho da lavoura de
trigo do estado” ressalta Bestetti.

Segunda safra no estado

Outra questão tratada foi o programa coordenado pela Federação da
Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), que incentiva o aumento da área
cultivada no inverno, aproveitando melhor o uso do solo com culturas produtoras
de grãos. Segundo os dados apurados, enquanto são utilizados mais de 7
milhões de hectares apenas para as culturas de verão, como soja e milho, a
soma da área de todos os grãos cultivados na safra de inverno chega a
aproximadamente 2 milhões de hectares.

“Temos cerca de 5 milhões de hectares de terras que ficam com apenas
cultivos destinados à cobertura de solo, enquanto a maior parte dessa extensão
pode fazer as duas coisas – produzir grãos e cobertura. Mas, para isso os
produtores precisam de uma sinalização que possa auferir renda, que passa
inevitavelmente pela liquidez no mercado. Temos culturas que podem satisfazer
essas prerrogativas, como: cevada, centeio, triticale, canola e o próprio
trigo, além do girassol, cultura intermediária que permite a semeadura da soja
na resteva, devido ao seu ciclo reprodutivo relativamente curto”, reforça o
superintendente da Conab.

Com informações da gerência de imprensa da Conab.

Revisão: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência
SAFRAS

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