Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2017 – Um estudo sobre o desempenho de
cultivares de trigo, promovido pela Fundação Pró-Sementes em parceria com a
Farsul, pode dar ao produtor os subsídios para melhorar a produtividade das
lavouras de trigo de acordo com as particularidades da região onde a
propriedade está localizada. De acordo com o levantamento do desempenho de
cultivares de trigo indicadas para o Rio Grande do Sul, divulgado nesta
quarta-feira, 22/02, em condições adequadas de clima e aplicação de
tecnologia, a escolha da semente apropriada para uma região específica pode
aumentar em mais de 50% o desempenho por hectare.
O estudo, apresentado por Kassiane Kehl, gerente de pesquisa e
desenvolvimento da Pró-Sementes, considerou diferenças nos ciclos e nas
épocas de plantio: foram analisados cultivos de ciclo precoce e médio/tardio,
e o plantio em dois momentos diferentes com intervalo de até 15 dias. O
resultado mais robusto foi obtido a partir da semente TBIO Toruk, em ciclo
médio na 1 época, em que o rendimento foi de 9.137 kg/ha. Isso equivale a
152 sacos por hectare.
No entanto, a semente que apresenta o melhor resultado em uma área pode
não ser a mais apropriada para ser aplicada em outra, já que há variações
de desempenho em relação ao clima e a características regionais José
Hennigen, diretor da Fundação Pró-Sementes, ressaltou que cada cultivar tem o
seu comportamento não só por local, mas também por época de plantio, então
decisões como a data certa também devem ser consideradas pelo produtor, dado
que está presente na pesquisa.
Hamilton Jardim, presidente da Comissão do Trigo da Farsul, destaca que o
estudo, ao trazer mais informações sobre as variações de desempenho das
cultivares de acordo com a área, clima e época de plantio, pode trazer
benefícios econômicos diretos para o produtor. Levando em consideração, por
exemplo, o rendimento mais alto e o mais baixo das cultivares de trigo de ciclo
precoce em Cachoeira do Sul na primeira época, há uma diferença de 47 sacos,
o que representa um ganho de R$ 1.337 por hectare.
O estudo analisou o rendimento de 34 cultivares em sete locais: Cachoeira
do Sul, Cruz Alta, Passo Fundo, Santo Augusto, São Gabriel, São Luiz Gonzaga e
Vacaria. Esses locais estão em duas zonas tritícolas: uma com clima mais
quente e outra com temperaturas mais baixas, em função de características do
relevo. O rendimento médio cresceu na maioria dos locais analisados, não
apenas devido ao avanço na genética, mas também em decorrência das
condições climáticas que foram favoráveis em 2016, em contraste com a
situação observada em 2014 e 2015. Apenas a região das Missões foi
prejudicada por um período de estiagem que comprometeu a produtividade.
Jorge Rodrigues, diretor e coordenador das Comissões de Grãos da Farsul,
destacou a importância do trabalho que serve para orientar os produtores quanto
à evolução no desenvolvimento das sementes e existência de cultivares
adaptáveis às especificidades locais e enfatizar a importância do uso da
tecnologia no campo. O resultado demonstra o potencial de melhoria da
produtividade de trigo no Rio Grande do Sul, que hoje alcança uma média de 55
sacos por hectare, mas, dentro das condições do estudo, apresenta um
desempenho médio acima de 95 sacos por hectare.
O Chefe da Divisão Técnica do Senar-RS, João Augusto Telles também
participou do lançamento dos resultados. As informações partem da assessoria
de imprensa da Farsul.
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Resultados: médias por região (em quilos por hectare)
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Ciclo Precoce Ciclo Médio/Tardio
Região I 5703 6064
Região II 5677 6164
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Região I: Cruz Alta, Passo Fundo, São Gabriel e Vacaria
Região II: Cachoeira do Sul, Santo Augusto e São Luiz Gonzaga
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Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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