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‘-TRIGO: SPEROTTO DEFENDE TEC EM 10% PARA COMERCIALIZAÇÃO DE ESTOQUES DO RS

10 de junho de 2014
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SAFRAS (10) – O presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, lamentou a
decisão, anunciada hoje pelo Ministério da Agricultura, de manter o preço
mínimo do trigo para a safra 2014/2015.
No entanto, elogiou o anúncio de que a Conab deve rever as planilhas de
custos de produção para o próximo ano-safra, abrindo espaço para a
elevação do valor. “Houve consenso quanto ao futuro, mas discordamos em
relação ao que está posto para a safra anterior e a atual”, disse Sperotto,
referindo-se ao preço mínimo de R$ 28,67, a saca, e à falta de mecanismos que
impeçam a retirada da Tarifa Externa Comum (TEC) de 10% para importação do
cereal de fora do Mercosul.
A informação de que o preço mínimo não seria alterado, apesar da
sugestão dos produtores, foi dada pelo secretário de Política Agrícola do
Ministério da Agricultura, Seneri Paludo, após reunião realizada nesta
terça-feira (10), na sede da Farsul, em Porto Alegre. As entidades
representativas dos agricultores alegam que o cálculo de custos da Conab
resulta em valores inferiores aos praticados no campo, por não levar em conta
novas tecnologias aplicadas na lavoura. Paludo explicou que em outubro são
fechadas as tabelas de custo de produção e são feitas as indicações de
preços mínimos para o próximo ano. Por essa questão legal, não será
possível rever a metodologia utilizada, disse Paludo, mas o secretário
garantiu algumas revisões já nos próximos meses.
“Em julho e agosto, devemos trabalhar em cima dos ajustes nos pacotes
tecnológicos, com acompanhamento por parte das entidades do setor dos painéis
da Conab”, salientou Paludo. A tecnologia usada para o cálculo dos custos de
produção atual tem defasagem de dois anos, informou. “As inovações
tecnológicas usadas pelos produtores acarretam em aumento de custos e devemos
usar um pacote mais real ao que está sendo usado no campo para fazer este
cálculo”, explicou o secretário.
Para o presidente da Fecoagro, Paulo Pires, que participou da reunião, a
preocupação é o escoamento da safra, já que há um montante significativo
da safra anterior em estoque e há tendência de crescimento da produção no
Estado. Sperotto defende a manutenção da Tarifa Externa Comum (TEC) de 10%
como forma de incentivar a comercialização das 800 mil toneladas estocadas no
Rio Grande do Sul. “Tecnicamente, o trigo produzido no Estado é bom,
precisamos discutir o destino deste produto. Temos uma expectativa de
crescimento muito grande no Rio Grande do Sul, já que o país importa mais de 6
milhões de toneladas por ano”, destacou Sperotto. Segundo o secretário, as
indústrias do nordeste necessitam entre 1 milhão e 1,3 milhão de toneladas e
defendem a retirada da TEC para países de fora do Mercosul. “A questão da
TEC não entrou em pauta da última reunião da Camex, mas deve entrar na
próxima.
Ao nosso ver, é preciso encontrar uma maneira mais cautelosa de atender
a esta demanda, sem prejudicar a comercialização do Rio Grande do Sul”,
defendeu o secretário. Sperotto aproveitou para reforçar a posição da
entidade e disse que vai trabalhar novamente com os ministros em Brasília para
que a TEC não entre novamente em pauta.
Para a safra que está sendo plantada, Paludo afirmou que, os preços
caindo abaixo do mínimo, o Governo tem mecanismos, como o Pepro, para garantir
o mínimo ao produtor. “Temos que criar um ambiente propício à
comecialização com travas ou mecanismos que limitem as importações, pois o
governo tem interesse em tornar o país autossuficiente em relação ao
trigo”, explicou o secretário.
Participaram da reunião com Paludo, representantes da Fecoagro, da
Associação Brasileira de Produtores de Sementes, do Sistema Farsul e da Conab.

ICMS
Sperotto acredita que nos próximos dias deve haver uma decisão por parte
do Governo do Estado em relação ao pedido de redução da alíquota do ICMS de
8% para 2%, feito pela Farsul. A questão já passou pela Secretaria da Fazenda
do Estado e pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Trigo. “Nossa
proposta é de redução do ICMS até o fim de agosto e, caso a TEC seja
retirada e ainda reste estoque no Rio Grande do Sul, a redução se manteria por
igual período de isenção da TEC”, explicou o presidente. As informações
partem da Assessoria de Imprensa da Farsul.

(CBL)

Cotação semanal

Dados referentes a semana 05/07/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 7,25

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 2.170,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.300,00

Milho Saca

R$ 64,00
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Preço base - Integração

Atualizado em: 05/07/2024 14:00

AURORA* - base suíno gordo

R$ 5,55

AURORA* - base suíno leitão

R$ 5,65

Cooperativa Majestade*

R$ 5,55

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 5,50

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,65

Alibem - base creche e term.

R$ 4,70

Alibem - base suíno leitão

R$ 5,55

BRF

R$ 5,35

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 4,52

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 5,60

JBS

R$ 5,30

Pamplona* base term.

R$ 5,55

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,65
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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