Agronegócio

USDA projeta grande safra de soja e preços recuam no Brasil

7 de julho de 2014
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Os Estados Unidos deram um banho de água fria nos produtores de soja brasileiros nesta semana. Ao contrário de todas as projeções de mercado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu último relatório acerca da safra 2014/15 do País, que começa a ser colhida em agosto, com números bem mais promissores em relação à área e à produção da commodity.
De acordo com a entidade americana, a estimativa da área de plantio é de 34,2 milhões de hectares (ha), alta de 2% em relação aos números dos especialistas do agronegócio. No caso dos volumes em estoque, o mercado aguardava algo em torno de 10,6 milhões de toneladas, mas o USDA divulgou que os estoques estão na casa dos 11 milhões de toneladas, um incremento de 3,7% no comparativo. A expectativa de produção norte-americana é grandiosa: 103 milhões de toneladas.

O cenário acaba sendo prejudicial aos sojicultores nacionais e do Estado. Com essa possibilidade de grande volume de produção da commodity no mercado internacional, a pressão é de baixa sobre os preços, com uma queda imediata entre 4% e 5%. Até agora, segundo números do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Estado do Paraná (Seab), foram comercializadas 67% de toda a safra 2013/14 do Estado, que fechou em 14,6 milhões de toneladas e rentabilidade de 2.975 kg por ha.

O técnico do Deral, Marcelo Garrido, relata que os preços realmente se modificaram, mas influenciados principalmente pelas cotações da Bolsa de Chicago, que sentiu maior impacto do anúncio do USDA. “Ainda é cedo para dizer o que irá acontecer. Podemos sentir uma pressão maior em 30 ou 40 dias, dependendo do que acontecer com o clima norte-americano neste período. Vale ressaltar que os preços ainda estão muito bons para o produtor”, relata ele.

Nas médias dos seis primeiros meses de 2014, em nenhum momento a saca de 60 kg ficou abaixo da casa dos R$ 60. Em contrapartida, neste início de julho, isso aconteceu. “Com a divulgação da safra brasileira em setembro e a expectativa do plantio na América do Sul e os números definidos nos EUA, aí sim poderemos ter melhor panorama de como o mercado vai se comportar”, complementa Garrido.

O zootecnista e consultor da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro de Lima Filho, explica porém, que mesmo neste clima baixista de preços, a rentabilidade continua alta para o produtor brasileiro, algo em torno R$ 700 por hectare. “Acredito que essa divulgação dos EUA deve impactar a médio prazo e esse valor por hectare diminuir. De qualquer forma, não acredito que esse resultado irá fazer os sojicultores brasileiros apostarem menos na cultura na próxima safra. A área de plantio no País não deve a diminuir devido a esse anúncio do USDA”, finaliza.

Cotação semanal

Dados referentes a semana 22/11/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 9,53

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 71,50

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 1.975,00
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 07/11/2024 17:50

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,35

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,45

Cooperativa Majestade*

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 6,45

Alibem - base creche e term.

R$ 5,55

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,30

BRF

R$ 7,05

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,10

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,10

Pamplona* base term.

R$ 6,35

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,45
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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