Um bom reprodutor responde por 50% do melhoramento genético do rebanho e coloca peso na produção. Investir em fêmeas é ótimo, mas deve haver paciência porque os resultados são mais lentos. Cruzamentos e a consequente heterose têm ganhos inegáveis. Economizar 10% no primeiro sítio pode resultar em até 27% de ganho no número de arrobas produzidas. Constatações científicas assim marcaram as duas palestras da tarde de Ciência promovida pela empresa DB Genética Suína em Campinas (SP) na segunda-feira (13), durante a Bolsa de Comercialização e reunião do Consórcio Suíno Paulista, promovidas pela Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) no Hotel Premium.
A reunião teve a presença dos criadores paulistas independentes e representantes de empresas do segmento, e contou com as palestras do Coordenador Técnico Comercial da DB, Fabio Rocha, e do Gerente Técnico Sudeste e Centro Oeste da DB, Thomas Bierhaus. Fábio Rocha examinou a atualização genética de machos terminadores e como a granja consegue aumentar eficiência, produtividade e lucratividade investindo em machos e fêmeas de qualidade, que têm ótimos resultados em acurácea e herdabilidade. “Comprovamos em nossos testes os resultados obtidos com um programa genético usando bons animais, principalmente os machos. Fazemos avaliação individual, medimos a produção e a nutrição. Genética, boa ambiência, nutrição adequada e bom manejo fazem o produtor ganhar mais. E se o criador fazer as trocas adequadas dos reprodutores, no tempo correto, vai estimular ainda mais a produção de carne e a economia geral da cadeia dentro da propriedade. Genética é valor comprovado”, afirmou Fábio Rocha.
Thomas Bierhaus, por sua vez, discriminou os impactos que a prolificidade pode ter na diluição dos custos de produção. Ele explicou porque já está comprovado que um número maior de leitões nascidos não é sinal direto de efeitos negativos na sobrevivência e no desmame das leitegadas. “A DB faz testes específicos nesta linha há mais de dez anos, com novos procedimentos de seleção, e já sabemos que o importante não é o número de tetas ou menos leitões nascidos. E sim a produção de leite, diminuir o número de leitões inviáveis. Por isto estamos na vanguarda do conceito LV5 (Leitão Vivo 5), isto é, levar os leitões a uma condição saudável aos cinco dias, que é o período mais problemático para mortalidade nas maternidades”, detalhou o gerente da DB Genética Suína. Thomas Bierhaus ainda enfatizou as pesquisas que mostraram como o suinocultor pode diluir custos ao se atentar para os ciclos da produção. “A terminação é responsável por 62% dos gastos gerais, mas os 20% da reprodução podem ser determinantes para uma economia significativa no negócio. 52% dos gastos no sítio 1 são com alimentação. Mas compras bem realizadas, boa formulação, manejos adequados e boa produtividade, articuladas para uma economia de apenas 10%, podem determinar um ganho de mais de 26% lá no final. Um dado para olharmos com bastante atenção”, frisou o gerente da DB.
Ao final das atividades, o diretor da DB, Mário Pires, explicou a importância de se transmitir informações científicas e comerciais sobre o valor da Genética para produtores e empresas que integram a cadeia produtiva. “Não temos pressa ao atuar no segmento, ao lado dos parceiros. Vamos conseguir bons resultados com muito trabalho, dedicação e a ajuda de todos vocês”, concluiu, antes de convidar todos para uma descontraída noite de música e petiscos, ao lado da piscina do Hotel Premium, com uma “Noite do boteco”, embalada pela dupla sertaneja Bruno e Gustavo.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 14/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 2.006,67Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 73,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50