As novas exigências do consumidor e da sociedade vão exigir investimentos em instalações e manejo voltados aos conceitos de bem-estar animal e ao uso cada vez mais restrito de antimicrobianos. A fórmula da suinocultura do futuro foi anunciada pelo médico veterinário e presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Iuri Machado, durante o painel que discutiu a adaptação da suinocultura frente aos desafios de uma nova era, no XVII Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS), realizado em Atibaia (SP), numa promoção da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) em parceria com a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), .
“O bem-estar animal não se restringe ao alojamento coletivo de matrizes gestantes, mas engloba uma série de cuidados e boas práticas desde o nascimento até o abate. Esta mudança de mentalidade traz benefícios diretos sobre a produtividade, desde que os manejos sejam adequados a cada tipo de instalação”, garantiu Iuri. E ele relembra que as maiores corporações brasileiras da cadeia de carne suína já se comprometeram com este sistema de produção até 2025, o que significa metade das matrizes brasileiras. Uma realidade diferente, assim como o tema do uso de antimicrobianos daqui para frente. “A partir de agora o foco deve ser relacionado à profilaxia, por meio de programas vacinais, adequação da densidade animal, ambiência, programas de limpeza e desinfecção, vazio sanitário, fluxo de produção. “Isto tudo têm relação direta com a saúde dos rebanhos e, consequentemente, com a necessidade de se lançar mão de ferramentas terapêuticas, como os antimicrobianos.
A biosseguridade e o respeito às boas práticas naturalmente reduzem a necessidade do uso”, argumentou. Iuri Machado destacou a grandeza desse desafio, destacando que nos EUA, 80% de todos os antibióticos receitados são para animais. “Temos que reduzir a necessidade de uso e só usar com critério, terapeuticamente. Assim, vamos reforçar a qualidade do que produzimos. E seguir incentivando o consumo de todas as carnes, porque realmente elas fazem bem ao ser humano. Devemos apoiar nossa atividade como um todo. Não podemos ter vergonha do que fazemos, muito pelo contrário”, pregou.
O SNDS reuniu importantes produtores da suinocultura nacional, líderes de grandes empresas de insumos, e representantes de redes varejistas do Brasil na última semana. A 17° edição do encontro bianual tem o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Nacional e ainda comemorou os 50 anos da APCS.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50