A retirada da vacina depende de todos

A garantia de sanidade do rebanho gaúcho depende de muitos fatores e não somente da vacinação contra a febre aftosa. O tema foi debatido na manhã de quarta-feira (30) na Fenasoja. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, participou do painel “Perspectivas para a retirada da vacina da febre aftosa e evolução do status sanitário no Rio Grande do Sul” ao lado do chefe do departamento de Defesa Sanitária Animal da Seapa, Marcelo Göcks, e do chefe da Divisão de Defesa Agropecuária do Mapa no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini.
Kerber afirma que o Estado está trabalhando para a retirada da vacinação e já evoluiu muito nos últimos cinco anos. Ele dá como exemplo a informatização do controle do rebanho, realizado com o apoio do Fundesa. “Antes era tudo manuscrito. A digitalização do processo agiliza e dá mais confiabilidade”.

Todeschini afirma que a retirada da vacina seria a última etapa de um processo de segurança sanitária. Rogério confirma que o objetivo existe, mas ainda não tem data para ocorrer. “A meta é alcançar a condição de área livre sem vacinação, a exemplo do que fez Santa Catarina, mas precisamos fazer isso com a garantia de que, ao darmos este passo, não teremos retrocesso.”

Já o representante da Seapa garante que a principal preocupação é com a entrada de animais e produtos contaminados, por isso a fiscalização e a vigilância são tão importantes. O presidente do Fundesa destacou como principal desafio a grande área de divisa e fronteira do estado, com 183 municípios fazendo vizinhança com outros países e com Santa Catarina. E aposta no direcionamento dos recursos financeiros. “Não é admissível investir R$ 60 milhões para combater a aftosa enquanto 70% a 90% dos focos são resultados da entrada de animais de forma ilegal no país”.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Fundesa.