Suinocultura

ABCS debate a o papel da política agrícola no crescimento e na sustentabilidade da agropecuária brasileira

21 de maio de 2021
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Durante a segunda edição do Seminário de Mercado de Grãos, “caminhos para a redução nos custo de produção” que ocorreu de forma online na última terça-feira (18), a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) debateu o papel da política agrícola no crescimento e na sustentabilidade da agropecuária brasileira ao lado do Subsecretário do Ministério da Agropecuária, Pecuária e Abastecimento (MAPA), José Angelo, e do Presidente da Câmara Setorial de Crédito, Seguro e Comercialização do MAPA, Fernando Pimentel. O Seminário foi conduzido pelos consultores da ABCS, Ana Paula Cenci e Iuri Pinheiro Machado. Para contextualizar, Iuri explicou que: “Até pouco tempo atrás a suinocultura esperava o crédito disponibilizado pelo Plano Safra, sempre pleiteando juros baixos e prazos longos nas diferentes linhas de crédito subvencionado. Mas hoje, em função de várias mudanças na economia e do próprio governo, o cenário é diferente.” Sendo assim, os palestrantes trouxeram as visões das instituições, analisaram o cenário atual e trouxeram também alternativas para o segmento do agronegócio.

José Angelo abriu o painel falando sobre crédito privado para o agronegócio, mas antes se preocupou em explicar a visão do MAPA no assunto, que segundo ele são: desenvolver os mercados financeiros para o setor, racionalizar o apoio e a presença do Estado no agronegócio, fomentar a profissionalização, governança e sustentabilidade entre os produtores, aumentar o funding para o agro, assim como a atividade econômica e a arrecadação. Ele fez também uma análise no mercado de crédito para as atividades empresariais, que para ele é caro, engessado e possui mercado de capitais ainda iniciante, o que acarreta num excesso de controle, burocracia e conservadorismo.  Para Angelo, o que falta para o agro ter um mercado de crédito a sua altura é: “Facilidade para operar com liberdade, simplicidade e baixo custo. Risco quantificável, transparência e segurança jurídica.”

Em seguida, Fernando Pimentel assumiu para falar sobre o setor de grãos e explicar o porquê a maioria das políticas públicas se direciona a esse meio. “Hoje no Brasil mais de 50% dos recursos que chegam para a produção agrícola não vem de bancos e fundos, pois o Brasil tem pouco seguro rural. Menos de 12% da nossa área cultivada possui seguro rural, diferente de outros países na América e na Europa.” Ele conta que o Estado vem trabalhando há muito tempo no sentido de dar condições para a iniciativa privada, abrindo espaço para financiadores e criando alternativas para trazer o mercado de capitais e dos bancos para a agricultura e para o agronegócio. “Essa é uma forte tendência. Algumas leis e legislações têm dado passos importantes nesse sentido. O Estado Brasileiro quer descentralizar o crédito, pois ele não tem recurso para carregar todo o crédito rural. Os segmentos da economia agrícola vão ter que buscar as suas soluções, e vocês enquanto suinocultura independente podem começar a olhar as estruturas possíveis, começando a construir soluções financeiras alternativas, sendo proativos e pensando em estruturas coletivas de captação de fundos. Tem que começar a pelo menos ter outra alternativa ao auxílio estatal. O agronegócio é atrativo, foi um segmento que reagiu bem a pandemia, a resiliência do agro chama a atenção do mercado financeiro de capitais.”

Para concluir, ele explicou também o papel das legaltechs e das fintechs como possíveis alternativas, e enumerou aspectos importantes para atuar no mercado regulado, como o financeiro e de capitais. “É preciso construir uma cultura de negócio, tem que ter governança, gestão de risco, credibilidade e padronização e automação de processos e assessoria jurídica especializada.”

A aula completa está disponível no YouTube, veja! 

Fique de olho nas próximas palestras que tem como objetivo capacitar e sensibilizar os produtores de suínos, apresentando alternativas e ferramentas quanto aos desafios representados pela alta de insumos para ração animal e custos de produção.

Programação

25/05 – Palestra com as instituições financeiras (O papel das instituições financeiras nas operações de crédito e no mercado futuro com representantes do Banco do Brasil e Bradesco)
01/06 – Palestra com representantes da CONAB (Leilões para você: um novo formato para a Conab atender o suinocultor
08/06 -– Palestra com representantes de empresas que operam no mercado financeiro (Ferramentas e Estratégias para o suinocultor atuar no mercado futuro de grãos)

Fonte: ABCS

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AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,35

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,45

Cooperativa Majestade*

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 6,45

Alibem - base creche e term.

R$ 5,55

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,30

BRF

R$ 7,05

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,10

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,10

Pamplona* base term.

R$ 6,35

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,45
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